A Polícia Civil prendeu cinco pessoas, incluindo três militares do
Exército, flagradas com cerca de três toneladas de maconha na rodovia
Anhanguera, em Campinas, no interior de São Paulo. A droga estava em um
caminhão do Exército, que pertence ao 20º Regimento de Cavalaria Blindado (20
RCB), de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A droga teria saído do Mato Grosso
do Sul e seria entregue em Campinas. O caminhão foi detido por volta das 2h da
manhã. Houve troca de tiros entre os militares e os agentes do Departamento
Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). A polícia acredita
que duas pessoas tenham fugido.
A investigação ocorria há três meses, segundo a Polícia Civil. Uma
equipe da 5ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Entorpecentes (Dise)
descobriu que um carregamento de drogas chegaria a uma empresa desativada,
utilizada como estacionamento, em Campinas. Os policiais foram até o local.
Horas depois, suspeitos que estavam dentro da empresa desconfiaram da
movimentação e tentaram fugir a bordo de veículos – um deles um caminhão do
Exército.
Houve troca de tiros. Após o confronto, dois cabos, Higor Abdala Costa
Attene e Maykon Coutinho Coelho, lotados no 20º Regimento de Cavalaria, que
estavam no caminhão, foram presos em flagrante e logo assumiram que o
entorpecente estava no veículo. Ferido, um terceiro cabo, Simão Raul ,
conseguiu fugir, mas foi localizado horas depois em um hospital na região de
Limeira, também no interior. O militar foi detido.
Outros dois homens, que tentaram fugir em uma Fiorino, também foram
presos. Segundo a Polícia Civil, eles teriam ido à empresa desativada para
pegar a maconha. Foi apreendida uma pistola de calibre 380 e uma van,
abandonada por outros criminosos que escaparam.
Em nota, o Exército Brasileiro informou que os militares presos após
serem flagrados transportando drogas em caminhão da instituição serão expulsos
da corporação.
"O Exército Brasileiro não admite atos desta natureza que ferem os
princípios e valores mais caros sustentados pelos integrantes da Força. Diante
da gravidade do fato, que desonra a instituição e atinge a nossa sociedade, os
militares encontram-se presos e serão expulsos do Exército", informou a
instituição, por meio de seu Centro de Comunicação Social.
A instituição afirmou ainda
que foi instaurado um inquérito policial militar para a apuração dos fatos e
responsabilidades e disse que está à disposição para apoiar as investigações.
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