A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta sexta-feira (26), o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, a mulher dele, Marisa Letícia, e mais três pessoas
por crimes como corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
O indiciamento foi protocolado no sistema da Justiça Federal no início
desta tarde. Os cinco são investigados por supostas irregularidades na
aquisição e na reforma de um apartamento tríplex do Edifício Solaris, em
Guarujá, no litoral de São Paulo, e no depósito de bens do ex-presidente.
Os outros três indiciados pela PF são: o ex-presidente da OAS, José
Adelmario Pinheiro Filho (conhecido como Léo Pinheiro); o arquiteto Paulo
Gordilho; e, por fim, o presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto.
Veja os crimes pelos quais cada um foi
indiciado:
Lula – corrupção
passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro;
Marisa Letícia – corrupção passiva e lavagem de
dinheiro;
Léo Pinheiro – corrupção ativa, falsidade
ideológica e lavagem de dinheiro;
Paulo Gordilho – corrupção ativa e lavagem de
dinheiro;
Paulo Okamotto – corrupção passiva, falsidade
ideológica e lavagem de capitais.
“Foi possível apurar que o casal Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa
Letícia Lula da Silva foi beneficiário de vantagens ilícitas, por parte da OAS,
em valores que alcançam R$ 2.430.193,61 referentes as obras de reforma no
apartamento 164-A do Edifícios Solaris, bem como no custeio de armazenagem de
bem do casal”, afirmou o delegado federal Márcio Adriano Anselmo, que assina o
indiciamento.
No documento, o grupo de trabalho da PF para a Operação Lava Jato expõe
conversas e trocas de mensagens entre os investigados e ainda fotos do tríplex.
Ainda conforme a PF, as obras de reforma do sítio em Atibaia, no
interior de São Paulo, são objeto de apuração em outro inquérito. O mesmo
ocorre em relação às suspeitas de que a Lils Palestras – empresa do
ex-presidente – foi utilizada para receber valores de empresas citadas na Lava
Jato. (G1)
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