quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Polícia Civil aumenta apreensão de drogas em até 1.336% no Maranhão



No comparativo entre 2014 e os primeiros 20 meses da atual gestão, a apreensão de maconha no Maranhão registrou um aumento de 1.336%. O resultado é fruto das iniciativas da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), que criou a Superintendência Estadual de Repressão ao Narcótico (Senarc), reforçou o efetivo policial, reformou e ampliou delegacias e garantiu novos equipamentos aos profissionais da área.
Para se ter uma ideia do salto nas ações de combate ao narcotráfico no estado, em 2014 foram apreendidos apenas 21 kg de maconha em todo o território maranhense. Após a criação na Senarc, o número saltou para 2.200 kg apreendidos, o que garantiu o crescimento em 1.336% de apreensões da droga.
A apreensão de crack também apresentou crescimento significativo. Em 2014, apenas um 1 kg do entorpecente foi retirado de circulação. Em 2015, 75 kg da droga foram retirados de circulação. Já nos primeiros seis meses de 2016, foram apreendidos 221 kg. Um crescimento de 190% em relação a 2014. Naquele ano, o valor dos entorpecentes apreendidos foi de pouco mais de R$ 400 mil. As apreensões feitas entre janeiro de 2015 e julho de 2016 estão avaliadas em R$ 22 milhões.
O Superintendente Estadual de Combate ao Narcótico, Delegado Carlos Alessandro Rodrigues, explica que a criação da Superintendência foi fundamental para o salto qualitativo no combate ao tráfico de drogas no Maranhão. “A Lei 10.238 sancionada pelo governador Flávio Dino no ano passado, além da criação das delegacias regionais, são os grandes responsáveis pelo aumento significativo de apreensões de narcótico no estado. A entrada em ação da regional de Imperatriz, por exemplo, é relevante para a ampliação dessas apreensões”.
Além do aumento nas operações de apreensão de maconha, crack e cocaína, a Superintendência de Repressão ao Narcótico ampliou ainda ações de apreensão de pasta base de cocaína e das chamadas drogas sintéticas, com aumento de 100% em relação a 2014.
A Superintendência de Combate ao Narcótico avalia que o prejuízo às facções criminosas gera efeitos sobre toda a cadeia do Sistema de Segurança Pública, uma vez que as quadrilhas usam recursos oriundos desse tipo de crime para sustentar outras ações ilegais.
A apreensão de drogas gera, ainda, a retirada de circulação de criminosos e de armamentos. Nos 18 meses da gestão do governador Flávio Dino, 223 pessoas foram presas por tráfico de drogas. A Polícia Civil também concentrou as investigações em grandes traficantes, prendendo políticos, policiais, membros de forças armadas e outras autoridades envolvidas com esse tipo de crime. “Esse ano já desarticulamos grandes quadrilhas, inclusive de outros estados, caso de uma facção de Mato Grosso do Sul que começava a operar no estado”, revela o delegado Carlos Alessandro.
Na semana passada, o governador Flávio Dino assinou Pacto Brasil Central Seguro, acordo de parceria com outros oito estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste para articular as ações de prevenção e repressão ao tráfico de drogas, assalto a bancos, furto e roubo de veículos e cargas. As ações preveem a redução da incidência destes crimes com ênfase para as ações integradas entre as polícias estaduais nas regiões fronteiriças entre os estados.
Ampliação de operações e interiorização


Com a criação das delegacias regionais de repressão ao narcótico, o Sistema Público de Segurança do Estado já colocou em operação Unidade da Região Tocantina. Em breve entrarão em operação as regionais de Caxias, Pinheiro, Timon e Presidente Dutra.
Para qualificar a operação e agilizar o procedimento de investigação, a Polícia Civil já treinou agentes para implantação de canil. Os cães farejadores atuarão em regiões e locais de difícil acesso e percepção de agentes humanos. “A operação de cinofilia é fundamental para qualificar o trabalho dos agentes, muitas vezes os entorpecentes são escondidos em locais onde só é possível a encontrar por meio de cães farejadores”, acrescentou o delegado Carlos Alessandro.
Prevenção

Em parceria com as Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Educação (Seduc), a Superintendência Estadual de Combate ao Narcótico promove ações preventivas nas escolas da rede estadual de ensino médio, com palestras e outras mobilizações de conscientização sobre os riscos no consumo de entorpecentes.

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