No
comparativo entre 2014 e os primeiros 20 meses da atual gestão, a apreensão de
maconha no Maranhão registrou um aumento de 1.336%. O resultado é fruto das
iniciativas da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), que criou a
Superintendência Estadual de Repressão ao Narcótico (Senarc), reforçou o
efetivo policial, reformou e ampliou delegacias e garantiu novos equipamentos
aos profissionais da área.
Para se
ter uma ideia do salto nas ações de combate ao narcotráfico no estado, em 2014
foram apreendidos apenas 21 kg de maconha em todo o território maranhense. Após
a criação na Senarc, o número saltou para 2.200 kg apreendidos, o que garantiu
o crescimento em 1.336% de apreensões da droga.
A
apreensão de crack também apresentou crescimento significativo. Em 2014, apenas
um 1 kg do entorpecente foi retirado de circulação. Em 2015, 75 kg da droga
foram retirados de circulação. Já nos primeiros seis meses de 2016, foram
apreendidos 221 kg. Um crescimento de 190% em relação a 2014. Naquele ano, o
valor dos entorpecentes apreendidos foi de pouco mais de R$ 400 mil. As
apreensões feitas entre janeiro de 2015 e julho de 2016 estão avaliadas em R$
22 milhões.
O
Superintendente Estadual de Combate ao Narcótico, Delegado Carlos Alessandro
Rodrigues, explica que a criação da Superintendência foi fundamental para o
salto qualitativo no combate ao tráfico de drogas no Maranhão. “A Lei 10.238
sancionada pelo governador Flávio Dino no ano passado, além da criação das
delegacias regionais, são os grandes responsáveis pelo aumento significativo de
apreensões de narcótico no estado. A entrada em ação da regional de Imperatriz,
por exemplo, é relevante para a ampliação dessas apreensões”.
Além do
aumento nas operações de apreensão de maconha, crack e cocaína, a Superintendência
de Repressão ao Narcótico ampliou ainda ações de apreensão de pasta base de
cocaína e das chamadas drogas sintéticas, com aumento de 100% em relação a
2014.
A
Superintendência de Combate ao Narcótico avalia que o prejuízo às facções
criminosas gera efeitos sobre toda a cadeia do Sistema de Segurança Pública,
uma vez que as quadrilhas usam recursos oriundos desse tipo de crime para
sustentar outras ações ilegais.
A
apreensão de drogas gera, ainda, a retirada de circulação de criminosos e de
armamentos. Nos 18 meses da gestão do governador Flávio Dino, 223 pessoas foram
presas por tráfico de drogas. A Polícia Civil também concentrou as
investigações em grandes traficantes, prendendo políticos, policiais, membros
de forças armadas e outras autoridades envolvidas com esse tipo de crime. “Esse
ano já desarticulamos grandes quadrilhas, inclusive de outros estados, caso de
uma facção de Mato Grosso do Sul que começava a operar no estado”, revela o
delegado Carlos Alessandro.
Na semana
passada, o governador Flávio Dino assinou Pacto Brasil Central Seguro, acordo
de parceria com outros oito estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
para articular as ações de prevenção e repressão ao tráfico de drogas, assalto
a bancos, furto e roubo de veículos e cargas. As ações preveem a redução da
incidência destes crimes com ênfase para as ações integradas entre as polícias
estaduais nas regiões fronteiriças entre os estados.
Ampliação
de operações e interiorização
Com a criação
das delegacias regionais de repressão ao narcótico, o Sistema Público de
Segurança do Estado já colocou em operação Unidade da Região Tocantina. Em
breve entrarão em operação as regionais de Caxias, Pinheiro, Timon e Presidente
Dutra.
Para
qualificar a operação e agilizar o procedimento de investigação, a Polícia
Civil já treinou agentes para implantação de canil. Os cães farejadores atuarão
em regiões e locais de difícil acesso e percepção de agentes humanos. “A
operação de cinofilia é fundamental para qualificar o trabalho dos agentes,
muitas vezes os entorpecentes são escondidos em locais onde só é possível a
encontrar por meio de cães farejadores”, acrescentou o delegado Carlos
Alessandro.
Prevenção
Em
parceria com as Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Educação (Seduc), a
Superintendência Estadual de Combate ao Narcótico promove ações preventivas nas
escolas da rede estadual de ensino médio, com palestras e outras mobilizações
de conscientização sobre os riscos no consumo de entorpecentes.
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