A forma como
tratamos nossas crianças diz muito sobre nossa condição de ser humano. Na
gestão pública isto é ainda mais emblemático. Das cenas mais humilhantes que
por vezes vi e vivenciei uma das mais constrangedoras e humilhantes são
crianças submetidas a arrastarem-se pelo chão de ônibus para terem acesso ao
transporte público.
Antes popularmente
denominadas "borboletas", as roletas dos ônibus coletivos eram cada
vez mais próximas do piso dos veículos para evitar a passagem das crianças
gratuitamente. Isto ocorria também em outros ambientes como estádios de
futebol, por exemplo.
Recentemente, acompanhei com muita alegria o anúncio do cartão da criança pela prefeitura de São Luís para garantir acesso dos pequeninos ao transporte coletivo. Com ele, crianças de 4 a 7 anos de idade usarão gratuitamente o transporte público girando a catraca. Trata-se de iniciativa de imensurável simbolismo.
Recentemente, acompanhei com muita alegria o anúncio do cartão da criança pela prefeitura de São Luís para garantir acesso dos pequeninos ao transporte coletivo. Com ele, crianças de 4 a 7 anos de idade usarão gratuitamente o transporte público girando a catraca. Trata-se de iniciativa de imensurável simbolismo.
Deixa-se para trás
um tempo em que nossas crianças, sobretudo, as mais pobres, tinham seus
direitos desrespeitados, submetidas à humilhação. Aqueles que arrastaram as
costas no chão olhando a catraca e o mundo, de baixo pra cima, sabem a sensação
que passa na cabeça de uma criança nesta degradante circunstância.
Este cartão por sua importância
deveria se chamar cartão dignidade tal é a grandeza desta medida. Digna de
aplausos ao prefeito Edivaldo por esse gesto que parece simples, mas de imenso
e histórico significado.
Outra feliz
iniciativa voltada para nossos pequenos ludovicenses e maranhenses é a
construção do novo hospital da criança. Uma obra grandiosa em dimensão
estrutural, mas principalmente por oferecer atendimento humanizado em ambiente
adequado para as crianças.
O novo hospital da
criança, que está sendo construído pela prefeitura de São Luís em parceria com
o governo do Estado, vai assegurar que tenhamos 178 leitos de enfermaria e 11
leitos de UTIs. Com mais de 1 milhão de habitantes, dos quais quase mais de 140
mil são crianças, nossa cidade não possui leitos de UTI Infantil no município.
Em pleno século 21.
O resgate do projeto
circo-escola do município, suspenso por cinco anos, que atende crianças e
adolescentes em situação de vulnerabilidade social para incluí-las, por
meio da arte, teatro, dança, educação esportiva, leitura é outra ação
socialmente relevante.
Como é também o
Bolsa-escola (Mais Bolsa Família), criado pelo governador Flávio Dino, que
proporciona a meninos e meninas pobres a oportunidade de ter material escolar
estimulando assim o processo de ensino e aprendizagem. São mais de 1
milhão de crianças e adolescentes beneficiados em todo estado.
Projetos, obras e
ações como as supracitadas nos fazem acreditar no poder público como protetor
daqueles que alegram nosso presente e construirão nosso futuro. Mais ainda num
contexto em que programas sociais estão ameaçados sob a égide do ajuste
econômico defendido pela política neoliberal. Mas, há esperança e esta, por
certo, vem da atenção dada às crianças.
Robson Paz é
Radialista, jornalista. Subsecretário de Comunicação Social e Assuntos Políticos
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