Patriotismo, cidadania, orgulho. Sentimentos que tomaram os corações das
milhares de pessoas que participaram do Desfile da Independência, na manhã
desta quarta-feira (7), na Avenida Vitorino Freire, Areinha. Organizado pela
Forças Armadas, por meio do 24º Batalhão de Infantaria Leve (BIL), com apoio da
Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o desfile reuniu militares,
estudantes e a população, demonstrando o entusiasmo em reverenciar a Pátria
neste grande ato cívico. Quem desfilou, levou para a avenida a história e
feitos heroicos homenageando as Forças Nacionais em um espetáculo prestigiado
por mais de 15 mil pessoas.
O momento foi de união e respeito pelo Brasil em lembrança justa aos
partícipes da Independência, pontuou o governador Flávio Dino, que se fez
presente no ato. Ele destacou que o evento representa a homenagem àqueles que
lutaram e continuam a lutar pela grandeza do nosso país e pela soberania
nacional. “É um momento em que mobilizamos a sociedade para o desfile militar
celebrando os símbolos nacionais por amor ao país e àqueles que fazem o Brasil.
Minha presença aqui representando o nosso Estado, o poder civil e a sociedade é
para prestar essa homenagem aos que fizeram a Pátria ontem e que continuarão
fazendo hoje. É uma tradição muito importante para o país e para o nosso
Estado”, enfatizou o governador do Maranhão.
Para o secretário de Estado da Segurança Pública (SSP-MA), Jefferson
Portela, o desfile tem uma importância histórica e de esperança aos que
constroem a história do país todos os dias. “Neste ato comemoramos juntos,
Forças Armadas, autoridades e sociedade, a independência que trouxe a marca dos
que queriam um país livre e desenvolvido com uma realidade melhor para todos”,
enfatizou Portela.
“Nos alegra a reunião nesta data histórica e importante, e, ao estarmos
juntos à sociedade, vemos a integração das instituições e o que ela proporciona
à população nesta grande festa”, destacou o Comandante do 24º Batalhão de
Caçadores do Exército, tenente coronel Carlos Frederico de Azevedo Pires. Foram
400 militares, 12 viaturas e a Banda de Música da instituição abrindo o desfile
da Independência. Na passagem, o comandante cumprimentou veteranos de guerra e
saudou o público.
Da rede estadual participaram do desfile cerca de 700 alunos do Colégio
Militar Tiradentes, além de 267 alunos do Colégio Militar 2 de Julho e 50
estudantes da escola Salustiano Trindade. Policiais Militares e do Corpo de
Bombeiros também marcaram presença no tradicional desfile. Alunos da Escolinha
de Música Dó Ré Mi, criada na gestão Flávio Dino, abriu a participação dos
estudantes no ato cívico. Integrando a Polícia Militar do Maranhão, a unidade
possui 110 alunos e funciona no Comando Geral da PM, no Calhau. São atendidas
crianças e jovens carentes da capital de bairros como Ilhinha, São Francisco,
Anjo da Guarda, Liberdade, Bequimão, Cidade Operária, Cidade Olímpica e
Maiobão.
Carlos Augusto, 14 anos, morador do Bequimão e aluno da unidade, estava
emocionado com a oportunidade de fazer parte da escolinha e representar a
pátria no evento cívico. “Estou gostando muito de seguir o regimento militar
onde aprendemos a ser um bom cidadão. Esse é um começo para um futuro melhor
que posso ter na música ou em outra oportunidade, com a participação nesse
grupo”, disse o jovem. Funcionando há cinco meses, a escola tem como meta
formar profissionais na música em vários instrumentos, incluindo cordas e sopro
e retirá-los de situações de risco.
Aluna do Colégio Militar Tiradentes, a estudante Nayara Raquel, 16 anos,
está em seu quinto desfile, mas a emoção é sempre igual à primeira vez. “Estar
aqui é confirmar o amor à pátria e honrar nosso país. É uma das ocasiões mais
especiais e onde todos os núcleos da sociedade se reúnem. É um evento muito bonito
e emocionante e faço sempre questão de participar”, relatou. Os pais e mães
acompanharam os filhos que desfilavam e fizeram questão de registrar esse
momento único da soberania nacional.
Foi o caso do funcionário Público Ederaldo Cerqueira, pai de Irlana, de
14 anos. Para ele, o orgulho resume o momento. “Para mim não tem preço. Muito
gratificante e emocionante ver minha filha e não poderia deixar de fazer parte
neste momento”, disse ele, que durante seis anos serviu o Exército e participou
dos desfiles. Para a filha Irlana, que desfilava pela primeira vez, “foi uma
experiência maravilhosa poder estar junto das pessoas que fazem a soberania do
nosso país e vou participar todos os anos que puder”.
A operadora de Telemarketing, Aurilene Soares, compareceu com a filha
Sofia, de seis anos, para relembrar o momento vivido por ela quando criança.
“Quis continuar uma tradição e trazer ela para conhecer. Acho mesmo
interessante ver nossas Forças de Segurança, o que o país proporciona para nós
nesta área, e acho também muito bonito. Sei que ela também vai gostar”, disse.
Aurilene relatou que costumava assistir aos desfiles com o pai, quando ainda
era criança. A pequena Maria Luiza, de sete anos, é filha de militar e sempre
se faz presente no desfile. “Gosto de ver as pessoas marchando e foi nossa
Independência. Acho muito bonito”.
Ato cívico-militar
O desfile teve início às 8h, com o hasteamento das bandeiras do Brasil,
do Maranhão e de São Luís marcando o início do ato. Acompanhadas pela Banda
Marcial da Polícia Militar, bandas municipais e estaduais, as escolas entraram
na avenida desfilando temas ligados à história das Forças Armadas e das
instituições ao longo dos tempos. Os estudantes traziam faixas e cartazes com
mensagens alusivas à pátria e importância do ensino. A marcha dos militares e
dos estudantes foram, passo a passo, tomando a avenida e levando emoção ao
público. As cores vibrantes das fardas e o tom solene misturado à batida forte
dos tambores animaram quem foi prestigiar o momento.
Um espetáculo que merece ser visto todos os anos. É o que pensa a dona
de casa Marcelina de Jesus Pereira, 56 anos. Há mais de dez anos Marcelina
acompanha os desfiles. Este ano levou a neta Suzanne, de oito anos. “Acho muito
bonito, importante. Não é só um desfile. É emocionante ver os alunos
desfilando”, diz ela. Para a professora Maria Antonieta Resende, 35 anos, o
momento é único. “Nossa população merece este momento e nossas polícias, a
homenagem”, disse. Por ocasião do desfile, o trânsito foi alterado com
interdição em ruas e avenidas próximas.
Histórico
De acordo com o Arquivo Histórico do Exército, as comemorações do Dia da
Pátria começaram no século XIX. A data perdeu destaque no período de Regência
(1831 a 1840) e voltou a recuperar a importância histórica com a declaração de
maioridade de Dom Pedro II, em 1840. Nacionalmente, o principal desfile ocorria
no Rio de Janeiro, então capital do País. Depois, com a fundação de Brasília,
passou pelo Eixo Rodoviário, pelo Setor Militar Urbano (SMU) até que, em 2003,
foi para o local onde ocorre, atualmente, a Esplanada dos Ministérios.
Anualmente, milhares de pessoas se reúnem em avenidas na maioria dos municípios
do Brasil para celebrar a Independência do País, comemorada neste 7 de setembro
com desfiles cívico-militares. Neste ano, está sendo celebrado o 194º ano da
independência do Brasil de Portugal, declarada em 1822.
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