sexta-feira, 16 de setembro de 2016

MPF denuncia oito suspeitos por ações ligadas a terrorismo


Suspeitos chegaram a discutir sobre a possibilidade de usar armas químicas 
(Foto: Reprodução)
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta sexta-feira (16) oito suspeitos de envolvimento em atos de recrutamento e promoção de organização terrorista. O grupo foi identificado pela Operação Hashtag, antes da Olimpíada do Rio de Janeiro neste ano. Todos estão presos temporariamente na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), conforme o MPF.  Na denúncia, o procurador Rafael Miron pede que os suspeitos fiquem detidos preventivamente.
Os suspeitos são acusados de crimes como promoção de organização terrorista, associação criminosa, incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos e por recrutamento para organização terrorista.
As prisões da Hashtag foram as primeiras feitas com base na nova lei antiterrorismo, sancionada em março deste ano.
Também foram as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias partes do mundo.
Investigação
A Operação Hastag teve, até o momento, quatro fases. Na primeira, deflagrada em julho, 12 pessoas foram detidas. As prisões eram temporárias, por 30 dias, e foram prorrogadas por igual período. Portanto, vencem em 18 de setembro. Além disso, à época, um menor foi apreendido.
A segunda fase foi realizada em 11 de agosto, quando foram cumpridos mais dois mandados de prisão temporária. O prazo terminaria na sexta-feira (9), mas as prisões foram prorrogadas e vencem em outubro.
No dia 19 de agosto, a PF cumpriu mais um mandado de prisão temporária em Brasília (DF) pela terceira etapa da operação.
Na quarta fase, realizada na terça-feira (6), foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de condução coercitiva, quando as pessoas são levadas a depor e liberadas em seguida.
Armas químicas
Os homens suspeitos de ligação com o terrorismo, presos durante a Operação Hashtag, chegaram a discutir sobre a possibilidade de usar armas químicas e contaminar uma estação de água durante a Olimpíada do Rio, que se encerrou no dia 21 de agosto.
O plano foi descoberto em mensagens de texto em aplicativos de conversa nos celulares apreendidos pela Polícia Federal (PF) de Brasília.
"As Olímpíadas seria uma ótima chance", diz a mensagem de um dos rapazes. Em outra conversa, um integrante sugere o uso das armas químicas. "Já imaginaram um ataque bio químico, contaminar as águas em uma estação de abastecimento de água por exemplo?".
Terroristas amadores
Logo após a deflagração da primeira fase da Operação Hashtag, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, reconheceu que embora o grupo fosse simpatizante do Estado Islâmico, nenhum deles teve qualquer contato com integrantes da facção terrorista.

Segundo ele, trata-se de uma "célula absolutamente amadora", porque não tinha "nenhum preparo". (G1)

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