Uma reportagem publicada em um dos jornais mais influentes do mundo, o The
New York Times, divulgou na edição desta terça-feira (22), em sua editoria
de saúde, uma matéria que cita a pesquisa desenvolvida no Maranhão pelos
pesquisadores e profissionais de saúde responsáveis pelo projeto ‘Síndrome
congênita pelo Zika vírus, soroprevalência e análise espacial e temporal de
vírus Zika e Chikungunya no Maranhão’.
A divulgação faz um recorte sobre as principais pesquisas que acontecem
mundialmente relacionadas aos impactos do Zika vírus e a microcefalia, citando
estudos dos estados do Ceará, Pernambuco e Maranhão, e também nos Estados
Unidos – na Universidade de Pittsburgh e na Faculdade de Medicina de Harvard.
De acordo com os estudos, alguns bebês nasceram com o perímetro cefálico
normal, porém, após alguns meses, a microcefalia foi diagnosticada. O tamanho
da cabeça é a principal característica para a notificação de casos de
microcefalia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A maioria dos bebês do estudo, que tiveram a lesão cerebral
diagnosticada meses após o nascimento, apresentou o mesmo padrão de
microcefalia, mas menos grave do que aqueles com perímetro cefálico menor ou
igual a 31,9 para menino e 31,5 para menina.
O projeto estudou 48 bebês com anormalidades cerebrais no estado do
Maranhão, no Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e
Reabilitação de Crianças (Ninar). Seis bebês que não tiveram microcefalia
diagnosticada ao nascer, foram acompanhados pelos profissionais. Destes bebês,
três foram diagnosticados posteriormente com microcefalia e três apresentaram
outras alterações neurológicas.
A iniciativa foi premiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPQ) e desenvolverá outros estudos sobre o Zika
vírus e a microcefalia, fruto de uma parceria entre os profissionais do Ninar,
da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Secretaria de Estado Extraordinária
de Articulação das Políticas Públicas (Seepp), juntamente com os pesquisadores
e professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
A pesquisa, que concluiu sua primeira etapa, desbancou estudos de várias
universidades do Brasil e venceu o edital do CNPQ no valor de R$ 1,2 milhão,
que será revertido na continuação das pesquisas na área durante três anos.
No início deste mês, o governador Flávio Dino recebeu no Palácio dos
Leões, uma comitiva de professores, pesquisadores e profissionais da saúde
responsáveis pelo projeto. Na ocasião, Flávio Dino parabenizou os profissionais
envolvidos com o estudo e ressaltou que essa ação reforçará, ainda mais, as
atividades do Governo do Estado no âmbito do neurodesenvolvimento infantil.
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