terça-feira, 13 de dezembro de 2016

A evolução do combate à violência

Editorial JP, 13 de dezembro


Imediatamente ao golpe que retirou o Dr. Jackson Lago do governo, registrou-se a maior explosão de violência da história de São Luís. O ano de 2008 registrou 239 homicídios. Roseana assumiu e em 2009 as estatísticas já apontavam a ocorrência de 314 mortes. Em 2010, já eram 827 homicídios; em 2011, 944; em 2012, 1152; em 2013, 1382. Para que estes números evoluíssem, em 2014, último ano do governo Roseana, em impressionantes 1658 assassinatos na grande São Luís. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que a ex-governadora encontrou em 6.0 chegaria a 2014 em 23.9, pior do que em muitas guerras e colocando São Luís entre as 15 cidades mais violentas do mundo. E estes são dados do Mapa da Violência no Brasil.
Enquanto isso, facções criminosas governavam o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, estendendo seus tentáculos a uma capital apavorada, São Luís, a que impunham até toque de recolher. Pedrinhas, a essa época, reunia os piores índices de chacinas e barbáries do país, chegando ao limite de provocar comoção internacional. Porque aquele era um governo mais ocupado com propina e superfaturamento que com o destino do povo.
Em duas greves, as polícias Militar e Civil ocuparam, em primeiro lugar a Assembleia Legislativa e, em segundo lugar, a Câmara Municipal de São Luís. Por questões salarias e de condições de trabalho.
Lemos, agora, artigo do governador Flávio Dino, publicado no Jornal Pequeno, no qual, orgulhoso, enumera as conquistas do Sistema de Segurança Pública a partir do ano de 2015; um sistema que o secretário Jefferson Portela encontrou sucateado, endividado, desalentado e que hoje é capaz de se autoplanejar para o combate à violência e à criminalidade.
Até 2014, o Maranhão tinha o menor número de policiais por habitante do país, as promoções, nas esferas civil e militar, estavam congeladas, o armamento era precário, as viaturas não resistiam a qualquer esforço maior. Em seu artigo, o governador cita que nomeou 2.500 novos policiais, contados os que vão se incorporar a partir de janeiro de 2017, adquiriu 400 novas viaturas e armas de longo alcance para o enfrentamento de quadrilhas interestaduais que agem no Nordeste. O sistema ganhou especialização com a criação da Superintendência de Homicídios, Superintendência de Combate ao Narcotráfico e Superintendência de Combate à Corrupção, sem contar a Delegacia Móvel de Homicídios que atua no local do crime, facilitando as investigações. O último avanço estrutural foi a inauguração do Instituto de Genética Forense, um dos maiores em estrutura física do país, incorporado à Superintendência de Polícia Técnico-Científica, dando maior resolutividade à elucidação de crimes no Maranhão.
O reconhecimento de organismos nacionais veio rapidamente. Ainda em 2015, o Fórum Nacional de Segurança Pública, constatou o Maranhão como o segundo estado menos violento do Nordeste e, neste ano de 2016, até o mês de novembro, apontou uma redução de 23 % no número de homicídios dolosos em relação ao ano de 2014, conforme cita o governador em seu artigo.
Assim, a ressocialização, finalmente, alcançou Pedrinhas. 1.500 internos estão inseridos em ações de trabalho, mais de 800 matriculados em salas de aula e 50 oficinas de trabalho estão em pleno funcionamento nos presídios, minando, definitivamente, o poder das facções criminosas.

Essa evolução demonstra que, na edição do Mapa da Violência de 2017, São Luís não mais vai figurar como uma das cidades mais violentas do mundo, nem do Brasil e que o trabalho realizado pelo secretário Jefferson Portela, delegado geral Lawrence Melo, comandante da PMMA, coronel Pereira, superintendentes, delegados, policiais civis e militares, surte o efeito almejado no Pacto pela Paz, construído tijolo sobre tijolo pelas forças de segurança do Maranhão.

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