JM
Cunha Santos
E
é certo que eram apenas 7 os participantes do fiasco armado contra o governador
Flávio Dino, a título de protestar contra o ajuste do ICMS: 2 tinham ido ao
encontro de uma multidão anunciada com todo estardalhaço, que não apareceu, tentar
bater carteiras; 2 eram inconformados repórteres da Mirante e os outros 3 eram
sonegadores de impostos contumazes, querendo saber se a lei de ajuste do ICMS
não continha nenhuma cláusula que os ameaçasse de prisão. E, por algum motivo
que se desconhece, nem os assessores de José Sarney e Roberto Rocha quiseram
comparecer.
E
um Blog noticiou que para o fracassado evento mandaram fazer 500 camisas, só
para os organizadores, mas nem eles, provavelmente com medo de serem
reconhecidos pelas receitas estadual e federal, apareceram por lá. Noticiou
mais, que na manifestação teria apitaço, buzinaço e bandeiraço. Teve: um apito,
cujo som não saiu de jeito nenhum e que Sarney soprava desesperado, tentando
chamar a atenção dos circundantes; a buzina do carro de Roberto Rocha disparada
doendo nos ouvidos, pedindo passagem para escapar da vergonha e uma solitária
bandeira, carregada por uma espécie de Rei dos Homens que gritava: “Procurem
outro doido, eu não venho mais”.
Para
acabar de acabar, com muito mais manifestantes que o desesperado fiasco, do
outro lado da Litorânea uma multidão de funcionários da Rádio Capital
protestava contra 8 meses de atrasos de salários, décimos terceiros salários
jamais pagos e nenhum recolhimento do FGTS, o que fez Roberto Rocha correr de
vergonha ainda mais.
Descobririam
depois que a malharia que confeccionou as 500 camisas não recolheu o ICMS
devido e que desde esse dia está sob a mira do Fisco. O que faz o proprietário
jurar por todos os santos que nunca mais contrata nada com Roberto Rocha e José
Sarney. E como nenhuma blusa foi vendida, o dono da malharia está em dúvida se
envia a conta para o jornal “O Estado do Maranhão” ou para a “Rádio Capital”, o
que dá na mesma, já que nem os funcionários eles costumam pagar.
Mas alguma vitória eles tiveram. O Guinness Book
está apenas no aguardo das imagens para inscrever esta como a menor passeata em
toda a história política do mundo.
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