Por Robson Paz - Radialista, jornalista.
Subsecretário de Comunicação Social e Assuntos Políticos
As praias e rios de São
Luís foram depósitos de lixo e dejetos in natura por décadas. Após 1 ano e 11
meses de trabalho incessante, a população da capital do Maranhão pode comemorar
a despoluição dos rios Pimenta e Parga, além da progressiva recuperação dos
rios Anil e Claro, no Olho D’água.
Todas estas ações ocorrem
paralelas ao processo de tratamento dos esgotos de São Luís. Recentemente, o
governador Flávio Dino concluiu e entregou a Estação de Tratamento de Esgotos
(ETE), no Vinhais. Lá, estão sendo tratados 200 litros de esgoto por segundo e
até o fim deste ano a operação será ampliada para 400 litros de esgotos
tratados por segundo. Isto corresponde a mais da metade da capacidade da ETE,
que é de 700 litros por segundo.
Para ampliar o sistema, o
governo do Estado trabalha para concluir a construção da ETE Anil e na
recuperação de outras duas existentes, no Jaracati e no Bacanga. Estas por
falta de manutenção e investimentos em governos passados não operam na
plenitude de suas capacidades.
Neste contexto, o programa
“Mais Saneamento” prevê ainda a implantação de 35 novas Estações Elevatórias de
Esgoto (EEE) e 355 km de redes coletoras e interceptoras, das quais 85 km estão
instaladas, além da despoluição da Lagoa da Jansen.
Pois bem, todo esse
conjunto de intervenções para recuperar rios e dar a destinação correta aos
esgotos tem entre outros resultados a melhoria dos índices de balneabilidade
das nossas praias. Praticamente todas voltaram a estar próprias para banho,
desde agosto deste ano.
Contudo, este é um
processo em permanente monitoramento. Semanalmente, análises são realizadas e
os laudos sobre a balneabilidade divulgados pela Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Recursos Naturais (Sema), de acordo com a Resolução nº 274/00, do
Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
A Sema monitora
regularmente 21 pontos nas praias Ponta d’Areia, São Marcos, Calhau, Olho
d’Água, do Meio e Araçagi. Após várias semanas com as praias próprias para
banho e prática de esportes, recente laudo identificou sete pontos, seis na
Ponta D’Areia e um no Araçagi, em condições inadequadas.
Curiosamente os anos de
praias interditadas parecem ter incomodado menos uma pequena parte de críticos
que o processo de despoluição em curso. É muito simplista, portanto, creditar
este recente resultado tornando parte das praias imprópria para banho a uma
pequena chuva. Aliás, esta ocorreu após a realização da última coleta para
análise da balneabilidade. Desse modo, este argumento é muito frágil
cientificamente.
Ao governo cabe
intensificar as ações para despoluição dos rios e ampliar tratamento de esgotos
como vem fazendo, além de endurecer ainda mais a fiscalização visando coibir o
lançamento desordenado de esgotos nas praias.
Importante, pois, o comprometimento do poder público e sociedade civil
nesta cruzada para que nossos rios sejam despoluídos e as praias estejam
balneáveis. Eis o desafio posto, que deve unir todos.
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