JM
Cunha Santos
Aquele
homem me juntou do chão
e,
quando isso,
eu
escolhi continuar caindo
Aquele
homem me estendeu a mão
e,
quando isso,
eu
preferi rasgar as luvas e quebrar os dedos
Aquele
homem me mostrou caminhos
e,
quando isso,
eu
quis vagar sem rumo nos becos da morte
Aquele
homem me deu muitas respostas
e,
quando isso,
eu
decidi ignorar todas as perguntas
Aquele
homem iluminou as salas
e,
quando isso,
eu
preferi fumar tristezas num canto escuro
Aquele
homem me levou à casa de Deus
e,
quando isso,
eu
escolhi flertar em lares de demônios
Aquele
homem me carregou no peito
e,
quando isso,
eu
preferi ser meu próprio peso eterno
Aquele
homem me disse como seria tudo
e,
quando isso,
eu
duvidei e tudo fiz para ser quase nada
Agora
ele se vai, nos braços das nuvens,
e
eu fico aqui, lendo a placa
que
proíbe que eu o acompanhe até portões dos céus
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