Timon é a terceira cidade do estado com maior
cobertura do Bolsa Escola, programa de transferência de renda a famílias
carentes para compra de material escolar. No município, uma média de 25 mil
crianças são amparadas pelo programa, aproximadamente 15% da população,
composta por 166.295 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Promovido pelo Governo do Maranhão, por meio da
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), o Bolsa Escola só tem
presença maior na capital São Luís e em Caxias, município vizinho a Timon, ambos localizados no
Leste Maranhense.
Voltado para crianças e jovens entre 4 a 17 anos
matriculadas na rede pública, não há limite de alunos beneficiados em uma mesma
família.
Para promoção do Bolsa Escola em Timon, foram
injetados mais de R$ 1,2 milhão, o que beneficiou comércios credenciados ao
programa, como a Papelaria Timonense. Para a gerente, Ana Márcia Sousa, o
benefício veio em boa hora, auxiliando a loja a enfrentar a crise econômica que
afetou todo o Brasil.
“O programa tem contribuído bastante porque, nesses
dois últimos anos, a gente sofreu uma queda nas vendas escolares. Com essa
crise, muitos pais tiraram os filhos da escola particular, o que diminuiu a
venda nesse seguimento. Com o cartão, deu uma aquecida porque, aqueles pais da
escola pública, que não tinham uma renda disponível para utilizar, agora tem
esse recurso. Eles estão vindo, estão comprando e para a gente foi muito bom,
sem dúvida”, afirmou.
Segundo Ana Márcia, o Bolsa Escola já representa 70%
do que é comercializado na livraria, possibilitando a inserção de um novo
público à clientela do estabelecimento. “Antes a gente tinha esse público bem
mais reduzido. Eram pais que faziam aquele esforço para comprar aqui e, agora,
não. Com esse valor, eles vêm com os filhos, escolhem o que querem e saem
satisfeitos com o material escolar adquirido”, disse a gerente.
Reajuste
Para o ano de 2017, segunda fase do Bolsa Escola, o Governo do Estado reajustou o benefício, de R$ 46 para R$ 51
por estudante. De acordo com a gerente Ana Márcia, o aumento foi
satisfatório, tanto para os beneficiários quanto para os comerciantes
habilitados ao programa social.
“Estão todos satisfeitos com o reajuste porque, com
relação ao material em si, não houve tanta mudança no preço. Então, para eles
serviu para adquirir algo mais. Aumentou o poder de compra porque o aumento no
preço do material não foi tão grande”, concluiu.
De acordo com Leide Silveira Lima, proprietária da
Sabino Variedades, o incremento no benefício ajudou a manter as vendas deste
ano aquecidas. “As famílias gostaram do reajuste e eu, particularmente, também.
Para a gente também melhora, mas para os pais, principalmente. Tem pai que nem
sabe, quando a gente consulta o valor, eles ficam bem satisfeitos”, relatou a
lojista, para quem o Bolsa Escola significou 50% do lucro, somente no ano
passado.
“Graças a Deus melhoraram as vendas, estão muito
boas. Está bom para a mãe dos alunos e para a gente também, que é comerciante.
Foi bom o aumento, é uma ajuda muito boa, tanto para o comerciante quanto para
as mães”, falou Maria de Lourdes Alencar Sousa, proprietária da Papelaria D Portelada,
outro estabelecimento credenciado ao Bolsa Escola, localizado no município de
Timon.
Bolsa Escola no Maranhão
O Bolsa Escola contempla, atualmente, 1 milhão e 110
mil beneficiários em todo o estado. O montante de alunos assistidos representa
investimentos totais de R$ 59,2 milhões, repassados à população pelo Governo do
Estado neste início de 2017. Em relação aos pontos comerciais habilitados, são
1.413 comércios espalhados no Maranhão, 69% a mais que em 2016.
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