Vixe, estou propondo a privatização de Sarney para pagar os funcionários da Mirante de Imperatriz

JM Cunha Santos

Enquanto estourava a greve dos funcionários da Mirante, afiliada da Globo em Imperatriz, pensei aqui com meus botões que já está mais do que na hora do Maranhão privatizar Sarney, Lobão, Roseana e CIA.

Sarney é como uma empresa da qual os maranhenses foram acionistas forçados durante muito tempo, mas que só deu prejuízos. Começaria pela decretação de falência. Fraudulenta, naturalmente. Até porque a economia era mista, mas sustentada o tempo todo somente em dinheiro público. Com o fim da mamata, a conta estourou, começaram as demissões e mais caro estão pagando os funcionários do Sistema Mirante de Imperatriz, que tiveram os salários congelados em 2015 e um reajuste de mentira em 2016. Sem as burras do Estado, o melhor é verificar também se pelo menos estão recolhendo o FGTS, antes que o Sistema Mirante entre em regime de concordata.

É claro que dificilmente surgiriam compradores, tal o volume de acusações de patrimonialismo, propinas, isenções fiscais criminosas e por aí vai. Talvez, quem sabe, os herdeiros do espólio falido de Eike Batista que de tanto procurar gás no Maranhão durante o governo Roseana Sarney acabou ficando sem gás para fugir da polícia.

No Maranhão, acho que ninguém tem dúvidas de que Sarney já merece uma liquidação extrajudicial, posto que a liquidação judicial já está vindo por aí, através da Lava Jato e do Supremo Tribunal Federal. Ao que sabe, porém, ao contrário de Eike Batista, Sarney não tem passaporte alemão nem escritório em New York. Terá, portanto, muitas mais dificuldades para se esconder.

 Outra saída seriam os Pregões, sabendo todos nós que os leilões de massas falidas costumam servir apenas para pagar os credores, no caso os funcionários da afiliada da Rede Globo em Imperatriz e mais 7 milhões de maranhenses. Privatizar Sarney pode até não ser uma grande ideia, mas livraria o Maranhão de um dos piores homens públicos de todos os tempos na história não tão recente do Brasil.