JM Cunha Santos
Essa é a grande diferença. O governo
Flávio Dino tem uma finalidade social e de proteção aos mais fracos e menos
assistidos. A Casa de Veraneio do Governo do Estado, localizada na Praia de São
Marcos, que até o ano de 2014 servia para pomposas festas ornamentadas por
decorações que custam os olhos da cara, vai ser, agora, Casa de Apoio ao
Projeto Ninar, uma extensão do atendimento realizado no Centro de Referência em
Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças.
Era ali que no governo Roseana Sarney
aconteciam as comilanças de lagostas norueguesas gigantes, camarões gratinados,
filés de cordeiros e gados de raças nobres. Ali também desembarcavam partidas
de caviar russo, champanhes ao custo de 10 salários mínimos a garrafa e os
melhores vinhos da nobreza europeia para apascentar e enobrecer estômagos
fragilizados pelas noites intermináveis de carteado, ao preço de R$ 3 milhões
anuais do dinheiro do povo, enquanto a maioria dos maranhenses gritava
desesperada por justiça social.
Ali desfilaram os vestidos de grife, os
sapatos de cromo alemão, ternos Ives Saint Loran’t de comensais que passavam
noites no fausto, vivendo o glamour de noitadas parisienses, enquanto os filhos
do Maranhão arrastavam as chinelas por quilômetros e quilômetros na direção de
escolas de taipa, de palha, de pau a pique e galpões.
Os nobres convivas do desperdício
governamental, ao tempo em que consumiam “verduritas confitadas al comino
foie-gras”, cozidas nos peitos de faisões migrados, mal atinavam que a imprensa
nacional denunciava que no Maranhão mais de 70 % de seu povo vivia abaixo da
linha de pobreza e o estado envergava um dos menores IDH do mundo. E era também
ali, em meio a esse estrago de vermutes do pecado, que os glutões muito
planejavam e combinavam sobre datas de faturas e de superfaturamentos. Ao sabor
gorduroso da inapetência administrativa governamental.
A Casa de Veraneios agora vai ser uma
Casa de Crianças, não mais uma casa de banquetes onde provavelmente o que
comemoravam era a miséria da população e o enriquecimento ilícito de meia dúzia
de apaniguados do poder.
Isso, como quase tudo no Maranhão, mudou
para muito melhor. Simples assim; só não vê quem não quer.
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