JM
Cunha Santos
O
PMDB está no poder e monta um esquema para livrar deputados, senadores,
governadores e ex-governadores, envolvidos com corrupção das malhas da Justiça.
Junto com os do PMDB, os do PSDB. Para tanto, corruptos e acusados de corrupção
estão ocupando todos os cargos chaves do Congresso. Começa com Rodrigo Maia na
Presidência da Câmara, Eunício Oliveira na Presidência do Senado e Edson Lobão
na Presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Na
outra ponta, o ministro Alexandre Moraes, vassalo de Michel Temer, ocupa a vaga
deixada por Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal. Todos estes, Lobão,
Michel Temer, Eunício Oliveira, Rodrigo Maia foram citados em delações. Sem
contar que Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros, em virtude de decisão do
relator Edson Fachin, estão sob investigação do STF por tentativa de obstrução
da Justiça, exatamente em relação à Lava Jato. Também o delegado Márcio
Anselmo, que desvendou a relação de Alberto Youssef com o esquema de corrupção
da Petrobrás, foi removido do cargo na Polícia Federal. E eles ainda pretendem
colocar um nome de confiança na Procuradoria Geral da República em substituição
e Rodrigo Janot, que sai em setembro.
Em
recente entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o senador Edison Lobão deu
início ao esquema de proteção aos corruptos, defendendo, entre outras
aberrações, a anistia aos políticos envolvidos com Caixa 2 e mudanças na
legislação, via Congresso, que só permitam a delação premiada se o delator não
estiver preso.
Calcula
a imprensa nacional que mais de 200 políticos, dos mais diversos partidos,
estão citados somente na delação da Odebrecht. Para Lobão, a Lava Jato se
tornou “um inquérito universal”, mas a julgar pelo número de envolvidos, a
corrupção na política é que se tornou quase universal no Brasil.
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