sábado, 11 de fevereiro de 2017

Lobão dá início ao esquema para livrar corruptos da cadeia e neutralizar a Lava Jato

JM Cunha Santos


O PMDB está no poder e monta um esquema para livrar deputados, senadores, governadores e ex-governadores, envolvidos com corrupção das malhas da Justiça. Junto com os do PMDB, os do PSDB. Para tanto, corruptos e acusados de corrupção estão ocupando todos os cargos chaves do Congresso. Começa com Rodrigo Maia na Presidência da Câmara, Eunício Oliveira na Presidência do Senado e Edson Lobão na Presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Na outra ponta, o ministro Alexandre Moraes, vassalo de Michel Temer, ocupa a vaga deixada por Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal. Todos estes, Lobão, Michel Temer, Eunício Oliveira, Rodrigo Maia foram citados em delações. Sem contar que Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros, em virtude de decisão do relator Edson Fachin, estão sob investigação do STF por tentativa de obstrução da Justiça, exatamente em relação à Lava Jato. Também o delegado Márcio Anselmo, que desvendou a relação de Alberto Youssef com o esquema de corrupção da Petrobrás, foi removido do cargo na Polícia Federal. E eles ainda pretendem colocar um nome de confiança na Procuradoria Geral da República em substituição e Rodrigo Janot, que sai em setembro.
Em recente entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o senador Edison Lobão deu início ao esquema de proteção aos corruptos, defendendo, entre outras aberrações, a anistia aos políticos envolvidos com Caixa 2 e mudanças na legislação, via Congresso, que só permitam a delação premiada se o delator não estiver preso.

Calcula a imprensa nacional que mais de 200 políticos, dos mais diversos partidos, estão citados somente na delação da Odebrecht. Para Lobão, a Lava Jato se tornou “um inquérito universal”, mas a julgar pelo número de envolvidos, a corrupção na política é que se tornou quase universal no Brasil. 

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