A Força
Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma), programa do Governo do Estado que
integra o Plano ‘Mais IDH’, já
realizou 427 atendimentos em 10 meses de atuação nos 30 municípios de menor
IDH. Além de atendimentos, os 120 profissionais de saúde que residem nessas
cidades estão levando assistência e dignidade às populações mais vulneráveis.
Nesta
semana, a aposentada Raimunda Ferreira foi uma das pacientes que recebeu os
cuidados da Fesma em sua casa. Aos 80 anos, a moradora de Brejo de Areia,
município localizado na região Oeste maranhense, há 350 quilômetros de São
Luís, tem hipertensão e uma insuficiência cardíaca popularmente conhecida como
Coração Grande.
Carliane
Costa, enfermeira da Fesma, contou que o acompanhamento na residência é
frequente, pois além da dona Raimunda, sua irmã, Elizabeth, conhecida pela
comunidade por dona Rainha, foi diagnosticada pela equipe com hipertensão.
“Dentro do nosso cronograma de visitas está a residência das nossas ‘rainhas’,
como chamamos carinhosamente. Dona Raimunda tem seguido cuidadosamente nossas
recomendações, e toma a medicação no horário certo. O interessante é que ela
não dorme enquanto não chega a hora de tomar a medicação”, revelou a enfermeira
Carliane.
A médica
da equipe de Brejo de Areia, Denise dos Santos, disse que quase todas as
moradoras da residência têm problemas de hipertensão ou diabetes. “Como essas
são doenças hereditárias, as filhas das nossas pacientes Raimunda e Elizabeth
também tem hipertensão e/ou diabetes. Por isso estamos sempre vindo para
verificar se elas estão tomando as medicações corretamente, orientando sobre a
importância de fazer uma atividade física, como a caminhada, e de seguirem uma
alimentação saudável”, explicou a médica.
O
secretário de Estado Extraordinário de Articulação das Políticas Públicas,
Marcos Pacheco, explicou a importância do método de trabalho da Fesma e
classificou como essencial para a obtenção dos resultados, com a integração dos
profissionais do município e da Fesma na realização dos trabalhos.
“Sabemos
que o profissional de saúde precisa atender a todos. Porém, é necessário
identificar e acompanhar uma parcela da comunidade que é mais vulnerável. As
equipes colocam o nome e endereço do paciente no caderno, com as anotações de
cada consulta. Fazer isso não é nenhuma novidade, mas muitos estão esquecendo
que a equidade – cuidar primeiro dos que mais precisam, é um dos princípios
básicos do SUS solidário que precisamos pôr em prática, sempre”, finalizou
Marcos Pacheco.
O método
de trabalho do programa é chamado de parametrização assistencial, que é um
mapeamento de risco dos grupos populacionais mais propensos a complicações de
saúde e possíveis óbitos. O foco principal do governo, em parceria com os
municípios, é a diminuição da mortalidade infantil (crianças de zero a um ano
de idade), da mortalidade materna (óbitos relacionados ao parto), das
internações por complicações do diabetes e hipertensão, e a identificação e o
tratamento da hanseníase, com resultados em curto e médio prazo.
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