Fernando
Sarney, com a crise financeira instalada no Sistema Mirante de Comunicação, por
absoluta ausência de recursos públicos, parece conformado com o destino de
vender hamburgers maltratados nos shoppings de São Luís.
JM Cunha Santos
Até 2018, nada ou muito pouco sobrará da
imagem e poder de articulação dos autores intelectuais do sarneisismo nesse
Estado. O confronto com a Justiça e, por extensão, com a vontade explicita de
todo o povo brasileiro, os encaminha para o mais profundo fosso do limbo
político. O futuro dos membros da família Sarney e de seus principais
correligionários está marcado pela antevisão de inelegibilidades, prisões,
autocomiseração e tornozeleiras eletrônicas. É assim, todos sabem e concorrer
nessas condições a qualquer cargo político constitui-se muito mais em ato de
autoflagelação que em ameaça a qualquer adversário político. Senão, vejamos:
O ex-senador José Sarney está sendo
investigado no STF como sendo um dos mentores de uma organização criminosa
acusada de obstrução da Justiça pela Procuradoria Geral da República.
Lobão está assando numa fogueira de
bruxas que lava jato nenhum seria capaz de apagar, desde que foi guindado à
Presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. E ofende a Justiça
e todos os magistrados do país ao defender a anistia aos políticos envolvidos
com Caixa 2, mudanças na legislação com relação às delações premiadas e,
principalmente, um absurdo projeto de Lei de Abuso de Autoridade, obra de Renan
Calheiros, que prevê a punição de juízes pela universalidade de suas decisões.
Lobão está se tornando o inimigo público número 1 da Justiça brasileira e da
própria força-tarefa da Polícia Federal que em nada ficará contente vendo o
trabalho de anos ser dizimado a golpes de legislação biônica.
Roseana Sarney tem sobre a cabeça os
espectros amaldiçoados do doleiro Alberto Youssef e do ex-executivo da
Petrobrás, Paulo Roberto Costa e mais o processo corrente na Justiça do estado,
acusada que foi, junto com seu ex-secretário da Fazenda, Cláudio Trinchão, do
desvio de R$ 1 bilhão.
Sarney Filho, seja candidato ao que for,
não suportará o peso do próprio nome que não resiste nem a 5 dias de propaganda
política gratuita na televisão.
Ricardo Murad tem sobre a cabeça a
acusação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal de desvio de R$ 1
bilhão durante sua gestão na Secretaria da Saúde.
Fernando Sarney, espécie de cofre-forte
da família, com a crise financeira instalada no Sistema Mirante de Comunicação
por absoluta ausência de recursos públicos, parece conformado com o destino de
vender hamburguers maltratados nos shoppings de São Luís.
Sobram, neste mar de desventuras, em
virtude de ligações umbilicais difíceis de desfazer na fronteira ideológica,
Roberto Rocha e José Reinaldo Tavares que já há algum tempo ensaiam uma
reaproximação com José Sarney. Por falta de nomes imunes à Justiça e à Polícia,
serão eles os novos líderes do sarneisismo no Maranhão.
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