domingo, 26 de fevereiro de 2017

Porta-bandeira cai em frente ao júri e acaba no hospital

Mestre-sala seguiu sozinho e, em seguida, desfilou com a 2ª porta-bandeira, sob aplausos do público.


A primeira porta-bandeira da Unidos de Padre Miguel, Jéssica Ferreira, teve que ser retirada do desfile após cair no chão durante o desfile. Chorando muito de dor, ela foi carregada e aplaudida ao deixar a Sapucaí, na madrugada deste domingo (26).
Jessica foi levada para o Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio, onde foi diagnosticado que ela sofreu uma entorse.
Seu par, Vinícius Henrique, seguiu desfilando sozinho por alguns minutos e também foi muito aplaudido pelo público. "Quero aproveitar para pedir desculpas à comunidade (... ) Não sei explicar ao certo, mas ela disse na maca que torceu o joelho", explicou Vinícius.
Em seguida, a segunda porta-bandeira da escola, Cássia Maria, foi convocada para seguir o desfile ao lado do mestre-sala. Ao fim do desfile, muito nervosa, ela mal conseguia falar.
"Não sei explicar. Eu estava dançando com o meu irmão, que é o meu mestre-sala, quando veio o diretor de harmonia, o Quenga, falando que eu teria que ir lá para frente porque tinha acontecido uma fatalidade com a Jéssica (...) Todo mundo falou que acreditava em mim. Só quero agradecer ao Vinícius."
O mestre-sala comentou a reação do público. "Foi aplauso geral. Aquele momento foi constrangedor, mas o público viu com carinho."
Segundo o presidente da Lierj, Deo Pessoa, a troca de integrantes do casal mestre-sala e porta-bandeira é permitida. O fato de a fantasia da substituta ter sido diferente também não traz penalidades, de acordo com o regulamento. A nota do casal, entretanto, fica a cargo dos jurados.
"Na Série A, é a primeira vez, mas já aconteceu em outros carnavais", disse. "Só um casal é julgado, mas a escola pode ter mais de um casal até para fatos como esses."
Mãe relata sofrimento de porta-bandeira
No Souza Aguiar, Marinalva Ferreira, mãe da porta bandeira, contou como foi o momento da queda da filha. "Ela caiu na apresentação do segundo jurado. Eu estava do lado dela, sou apoio dela. Quando ela caiu eu fui socorrer. Eu tentava colocar ela em pé, mas ela não aguentava. Ela queria voltar pra continuar a dançar, mas o pé não correspondia. Ela foi atendida lá, fez os primeiros socorros e veio pra cá porque aqui tem os equipamentos necessários", disse Marinalva.

"Parecia que tinha desabado um prédio na minha cabeça ao ver a minha filha no chão. Acabou tudo ali, o trabalho de um ano inteiro. Ela queira voltar, só que ela não conseguia. Ela só chorava pedia desculpa pra o público. Ela saiu da Sapucaí pedindo desculpa para o pessoal. Eu tentava acalmar ela. Eu falava 'força, você é guerreira'".
(G1)

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