Mestre-sala seguiu sozinho e, em seguida, desfilou
com a 2ª porta-bandeira, sob aplausos do público.
A primeira porta-bandeira da Unidos de Padre
Miguel, Jéssica Ferreira, teve que ser retirada do desfile após cair no chão
durante o desfile.
Chorando muito de dor, ela foi carregada e aplaudida ao deixar a Sapucaí, na
madrugada deste domingo (26).
Jessica foi levada para o Hospital Souza Aguiar, no
Centro do Rio, onde foi diagnosticado que ela sofreu uma entorse.
Seu par, Vinícius Henrique, seguiu desfilando
sozinho por alguns minutos e também foi muito aplaudido pelo público. "Quero aproveitar para
pedir desculpas à comunidade (... ) Não sei explicar ao certo, mas ela disse na
maca que torceu o joelho", explicou Vinícius.
Em seguida, a segunda porta-bandeira da escola,
Cássia Maria, foi convocada para seguir o desfile ao lado do mestre-sala. Ao
fim do desfile, muito nervosa, ela mal conseguia falar.
"Não sei explicar. Eu estava dançando com o
meu irmão, que é o meu mestre-sala, quando veio o diretor de harmonia, o
Quenga, falando que eu teria que ir lá para frente porque tinha acontecido uma
fatalidade com a Jéssica (...) Todo mundo falou que acreditava em mim. Só quero
agradecer ao Vinícius."
O mestre-sala comentou a reação do público.
"Foi aplauso geral. Aquele momento foi constrangedor, mas o público viu
com carinho."
Segundo o presidente da Lierj, Deo Pessoa, a troca
de integrantes do casal mestre-sala e porta-bandeira é permitida. O fato de a
fantasia da substituta ter sido diferente também não traz penalidades, de
acordo com o regulamento. A nota do casal, entretanto, fica a cargo dos
jurados.
"Na Série A, é a primeira vez, mas já
aconteceu em outros carnavais", disse. "Só um casal é julgado, mas a
escola pode ter mais de um casal até para fatos como esses."
Mãe relata sofrimento de
porta-bandeira
No Souza Aguiar, Marinalva Ferreira, mãe da porta
bandeira, contou como foi o momento da queda da filha. "Ela caiu na
apresentação do segundo jurado. Eu estava do lado dela, sou apoio dela. Quando
ela caiu eu fui socorrer. Eu tentava colocar ela em pé, mas ela não aguentava.
Ela queria voltar pra continuar a dançar, mas o pé não correspondia. Ela foi
atendida lá, fez os primeiros socorros e veio pra cá porque aqui tem os
equipamentos necessários", disse Marinalva.
"Parecia que tinha desabado um prédio na minha
cabeça ao ver a minha filha no chão. Acabou tudo ali, o trabalho de um ano inteiro.
Ela queira voltar, só que ela não conseguia. Ela só chorava pedia desculpa pra
o público. Ela saiu da Sapucaí pedindo desculpa para o pessoal. Eu tentava
acalmar ela. Eu falava 'força, você é guerreira'".
(G1)
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