O Governo
do Estado deu início, na manhã de segunda-feira (20), ao projeto ‘Mutirão da
Liberdade’. A Iniciativa é resultado de parceria entre as Secretarias de Estado
da Administração Penitenciária (Seap) e da Educação (Seduc), e objetiva garantir
a manutenção de escolas da rede pública estadual de ensino, utilizando
mão-de-obra carcerária. A primeira instituição a ser beneficiada foi a Unidade
Integrada João Paulo II, localizada no bairro Turu.
Inicialmente,
23 internos do Complexo Penitenciário São Luís fizeram os serviços de
manutenção e reparo estrutural da unidade escolar. A estimativa é que, nos
próximos dias, mais 20 detentos ajudem nos trabalhos. Os serviços na escola,
com previsão de termino em 15 dias, vão desde a capina, a pintura e o retelhamento.
Somente nas primeiras 24 horas, o grupo de internos iniciou os serviços de
retirada do mato acumulado, e manutenção das telhas.
“Os
internos iniciaram a capina de uma área de aproximadamente 2 mil m². O serviço
ainda precisa ser finalizado, mas a parte onde já foi feita a limpeza evidencia
as melhorias significativas que essa parceria proporciona à sociedade.
Iniciativas como esta demonstram a preocupação do governador Flávio Dino em
otimizar os recursos públicos, dando oportunidade a quem antes estava ocioso”,
destacou o secretário titular da Seap, Murilo Andrade de Oliveira.
Os
serviços de manutenção do colégio acontecem tanto na parte interna, quanto
externa. Salas de aula, banheiros, corredores e setores administrativos
passarão por pintura, reboco e completa limpeza. A fachada da escola também
será totalmente revitalizada. Outro serviço, previsto no cronograma de obras, é
a manutenção da quadra poliesportiva do colégio.
A quadra
será demarcada e totalmente retelhada, visto que existem telhas quebradas no
local. A reestruturação do ambiente contará, ainda, com adaptação de acesso a
cadeirantes, para melhorar a inclusão às práticas esportivas.
“O
‘Mutirão da Liberdade’, como foi denominado, é um projeto excepcional tanto
para a comunidade escolar, quando para os ressocializandos. Tudo será feito com
qualidade e segurança para todos”, realçou o secretário de Estado da Educação,
Felipe Camarão.
Ressocialização
A
iniciativa no intuito de melhorar a estrutura física do colégio utilizando
mão-de-obra carcerária coopera não somente com a revitalização da unidade de
ensino, mas também fortalece as ações de reinserção social de internos do
Sistema Penitenciário do Maranhão, uma das políticas prioritárias do Governo do
Estado. Um dos internos que ajuda nos trabalhos, Marcelino Silva Ferreira, de
32 anos, disse que é muito gratificante participar desta ação.
“Me sinto
muito bem por estar aqui, fazendo esse trabalho, e, o melhor de tudo, é que nós
estamos recebendo nosso dinheiro por isso, e diminuindo nossos dias de pena”,
contou ele. Já o detento Tiago Gomes Pereira, de 21 anos, destacou que o
projeto é uma oportunidade de recomeçar. “Eu vejo essa oportunidade como um
recomeço na minha vida. Uma chance que estou tendo de fazer uma nova história,
e ser um orgulho para a minha família”, afirmou.
Há 22
anos trabalhando na cantina do colégio, dona Flor de Lis Sena, de 51 anos, contou
que nunca havia visto, em todo esse tempo, a escola passar por um serviço de
manutenção tão organizado, ainda mais por internos do Sistema Prisional. “É
algo inédito para mim, esse trabalho que acontece aqui. Vejo que isso é bom
para a escola porque melhora a estrutura do local, e é bom para esses homens
porque é uma ajuda para que eles melhorem de vida”, destacou Flor de Lis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário