Por G1 Santos
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
(TJ-SP) determinou que seja expedido o mandado de prisão do ex-goleiro do
Santos Futebol Clube e filho de Pelé, Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho,
pelo crime de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. A decisão
foi tomada nesta sexta-feira (31). Assim que for expedido o mandado, Edinho
pode ser preso.
Juízes do Tribunal de Justiça rejeitaram os
embargos de declaração que foram interpostos pelo advogado de Edinho, Eugênio Malavasi.
Além disso, eles determinaram que o mandado de prisão seja expedido, o que deve
acontecer entre terça e quarta-feira da semana que vem.
Porém, Malavasi já entrou com um pedido de habeas
corpus para evitar a prisão do ex-goleiro. Segundo ele, caso o pedido não seja
concedido, Edinho irá se apresentar às autoridades. Ainda segundo o advogado,
ele está ciente da decisão do TJ.
Em fevereiro deste ano, o TJ-SP condenou Edinho e
reduziu a pena de 33 anos e quatro meses de reclusão para 12 anos e dez meses
em regime fechado. O ex-jogador estava esperando o julgamento em liberdade e
foi preso no dia 24 de fevereiro na cadeia anexa ao 5º DP de Santos. Ele saiu
da cadeia seis dias depois quando a prisão foi suspensa pelo ministro do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antonio Saldanha.
Os outros envolvidos no processo, com situação
idêntica a Edinho, também tiveram suas penas reduzidas. Além do filho de Pelé,
Clóvis Ribeiro, o "Nai"; Maurício Louzada Ghelardi, o
"Soldado"; Nicolau Aun Júnior, o "Véio ou Nick"; e Ronaldo
Duarte Barsotti, o "Naldinho", foram condenados pelo mesmo crime. Nai
deverá cumprir pena de 15 anos de reclusão. Já Soldado e Nick irão ficar 11
anos e quatro meses na prisão. Os mandados de prisão dos três já foram
expedidos. "Naldinho" está sumido e, portanto, é considerado
foragido.
O caso
A primeira prisão de Edinho aconteceu em 2005. O
ex-goleiro foi detido com outras 17 pessoas pela Operação Indra realizada pelo
Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), acusado de ligação com
uma organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho, na Baixada
Santista. Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas
corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em janeiro de 2006, ele teve a prisão decretada com
o aditamento da denúncia, que passou a incluir o crime de lavagem de dinheiro.
Edinho obteve o direito de permanecer em liberdade por causa de uma decisão do
Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em fevereiro, o Ministério Público
denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro, o que resultou em uma nova
prisão, 47 dias após conseguir a liberdade. Depois disso, a Justiça vinha
negando com frequência os pedidos de liberdade feitas por Edinho.
No dia 30 de maio de 2014, o ex-goleiro foi
condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas
após decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de
Praia Grande. Edinho foi preso no dia 7 de julho por não ter apresentado seu
passaporte à Justiça, uma das exigências para permanecer em liberdade até a
decisão final da Justiça. Eugênio Malavasi, advogado de Edinho, conseguiu um
habeas corpus para liberar seu cliente.
Em novembro do mesmo ano, o ex-goleiro foi detido
no Fórum de Praia Grande, após cumprir a medida cautelar que exigia que ele
comparecesse mensalmente em juízo e registrasse sua rotina. Edinho foi solto no
dia seguinte. A Justiça acatou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa.
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