Além
autorizar a prisão temporária de Tadeu Filippelli, assessor do presidente
Michel Temer, e dois ex-governadores do Distrito Federal, José Roberto Arruda
(PR) e Agnelo Queiroz (PT), o juiz da 10ª Vara Federal de Brasília determinou
que R$ 26 milhões em bens dos três fossem bloqueados, sendo R$ 6 milhões de
Filippelli e R$ 10 milhões de cada ex-governador. Foi determinado ainda o
bloqueio de bens de mais sete pessoas, totalizando mais R$ 29,1 milhões, além
de outros R$ 100 milhões da Via Engenharia.
"Como se trata de treze requeridos,
considerando que há gradação entre eles, conforme apontam os autos quanto a
condutas e participações, e considerando que a situação dos que sofrerão
somente busca e apreensão, pelo menos até o presente momento, é diferente
daqueles a quem se requer também a prisão temporária, creio que, por ora,
somente devem sofrer a indisponibilidade dos seus bens os primeiros, sem
prejuízo de deferimento posterior quanto aos segundos", diz Vallisney no
despacho.
Foi determinada também a prisão do dono da
construtora Via Engenharia, Fernando Márcio Queiroz. A empreiteira é uma das
responsáveis pela obra do estádio nacional Mané Garrincha. A investigação tem
por base a delação da Andrade Gutierrez, outra construtora que atuou na obra.
Tiveram a prisão temporária decretada também Maruska de Souza Holanda, Nilson
Martorelli, Jorge Luiz Salomão, Sérgio Lucio Silva Andrade, Francisco Cláudio
Monteiro e Afrânio Roberto de Souza Filho.
O juiz determinou também buscas no escritório de
Advocacia Wellington Medeiros. Segundo a delação de executivos da Andrade
Gutierrez, o escritório teria sido usado para pagamento de propina dada pela
construtora ao ex-governador Arruda.
Outro escritório também foi alvo: Advocacia
Alcoforado Associados, do advogado Luiz Carlos Alcoforado. Lá, os agentes
deveriam buscar provas relacionadas a Agnelo Queiroz. A suspeita é recebimento
de propina, mediante contrato fictício.
Ele também autorizou a condução coercitiva pela
Polícia Federal de José Wellington Medeiros de Araújo, Luiz Carlos Barreto de
Oliveira Alcoforado e Alberto Nolli Teixeira.
(O Globo)
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