JM Cunha Santos
O inquérito ainda em andamento na
Polícia Civil que investiga as mortes dos policiais militares cabo Júlio César
de Sousa Pereira e soldado Carlos Alberto Constantino de Sousa indica que tanto
os desaparecidos em novembro a caminho de Buriticupu, quanto os suspeitos de
autoria do crime, tenente Josué Alves Aguiar, soldado Tiago Viana Gonçalves,
(presos) e Glaydstone de Sousa Alves (foragido) integravam naquele município
uma mesma organização criminosa.
Foto:
Nilson Figueiredo
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Durante entrevista coletiva na manhã de
hoje, que também contou com as presenças do delegado geral Lawrence Melo, do
subcomandante geral da PM, coronel Jorge Luongo e do Corregedor Geral da
Polícia Militar, Fernando Moura de Lima, no auditório da Secretaria de
Segurança Pública, o secretário Jefferson Portela e o superintendente da SHPP,
Leonardo Diniz, informaram que o grupo estava se dedicando a crimes de assaltos
e extorsão, em evidente desvio de conduta funcional.
Prisões e declaração de incompetência
Jefferson Portela informou, ainda, que o
que retardou a prisão dos acusados foi a espera por uma decisão judicial.
Segundo o secretário, o pedido de prisão dos suspeitos foi feito desde
fevereiro, mas o juiz da comarca de Cururupu se declarou incompetente para
atuar nos autos e coube, agora, à Justiça Militar decretar a prisão dos
envolvidos.
O crime foi desvendado a partir do
testemunho de um civil conhecido como Dal. Ele contou que os acusados deveriam
receber um “jerico” (trator) um Bob Esponja (caminhão) e uma caçamba. A polícia
suspeita que a caminho dessa empreitada houve o conflito que culminou nos
assassinatos do cabo Júlio César de Sousa Pereira e do soldado Carlos Alberto
Constantino de Sousa.
Corpos desaparecidos
A polícia ainda está em busca de
localizar os corpos das vítimas, mas é visível que prefere não adiantar nenhuma
informação a respeito para não atrapalhar as investigações.
Pelo menos 42 pessoas já foram ouvidas
no correr do inquérito policial até agora e, com as prisões, a Secretaria de
Segurança espera que aquelas que foram coagidas e intimidadas pela quadrilha,
ou que perderam seus bens em virtude de extorsão, testemunhem no inquérito em
andamento.
(Mais informações sobre o caso dos
policiais desaparecidos a qualquer momento)
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