quarta-feira, 31 de maio de 2017

Inquérito levanta suspeita de que policiais desaparecidos e suspeitos dos homicídios integravam a mesma organização criminosa

JM Cunha Santos


O inquérito ainda em andamento na Polícia Civil que investiga as mortes dos policiais militares cabo Júlio César de Sousa Pereira e soldado Carlos Alberto Constantino de Sousa indica que tanto os desaparecidos em novembro a caminho de Buriticupu, quanto os suspeitos de autoria do crime, tenente Josué Alves Aguiar, soldado Tiago Viana Gonçalves, (presos) e Glaydstone de Sousa Alves (foragido) integravam naquele município uma mesma organização criminosa.

Foto: Nilson Figueiredo
Durante entrevista coletiva na manhã de hoje, que também contou com as presenças do delegado geral Lawrence Melo, do subcomandante geral da PM, coronel Jorge Luongo e do Corregedor Geral da Polícia Militar, Fernando Moura de Lima, no auditório da Secretaria de Segurança Pública, o secretário Jefferson Portela e o superintendente da SHPP, Leonardo Diniz, informaram que o grupo estava se dedicando a crimes de assaltos e extorsão, em evidente desvio de conduta funcional.

Prisões e declaração de incompetência

Jefferson Portela informou, ainda, que o que retardou a prisão dos acusados foi a espera por uma decisão judicial. Segundo o secretário, o pedido de prisão dos suspeitos foi feito desde fevereiro, mas o juiz da comarca de Cururupu se declarou incompetente para atuar nos autos e coube, agora, à Justiça Militar decretar a prisão dos envolvidos.
O crime foi desvendado a partir do testemunho de um civil conhecido como Dal. Ele contou que os acusados deveriam receber um “jerico” (trator) um Bob Esponja (caminhão) e uma caçamba. A polícia suspeita que a caminho dessa empreitada houve o conflito que culminou nos assassinatos do cabo Júlio César de Sousa Pereira e do soldado Carlos Alberto Constantino de Sousa.

Corpos desaparecidos

A polícia ainda está em busca de localizar os corpos das vítimas, mas é visível que prefere não adiantar nenhuma informação a respeito para não atrapalhar as investigações.
Pelo menos 42 pessoas já foram ouvidas no correr do inquérito policial até agora e, com as prisões, a Secretaria de Segurança espera que aquelas que foram coagidas e intimidadas pela quadrilha, ou que perderam seus bens em virtude de extorsão, testemunhem no inquérito em andamento.

(Mais informações sobre o caso dos policiais desaparecidos a qualquer momento)

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