O deputado federal e
coordenador da Bancada do Maranhão no Congresso Nacional, Rubens Junior,
denunciou o desmonte do Banco do Brasil nos municípios maranhenses. “São
enumeras agências fechadas, outras que não reabrem, falta dinheiro nos caixas
eletrônicos, dificuldade para liberar os depósitos judiciais para precatórios”,
destacou o parlamentar no plenário da Câmara dos Deputados, nesta manhã (13).
Entre as agências que não
reabriram, o deputado citou as de Matões, Lima Campos e Eugênio Barros. Já as
que fecharam, estão a Deodoro (em São Luís), Parque das Nações (em Açailândia),
e Praça da Cultura (em Imperatriz). “Resolveram que a culpa da crise é o número
de agências e por isso, resolveram fechar”, disse Rubens Junior.
Segundo o deputado, o
pouco dinheiro nos caixas eletrônicos prejudica principalmente as cidades
turísticas do Maranhão, como Barreirinhas, na região dos Lençóis Maranhenses e
Carolina, na Chapada das Mesas.
Rubens Junior também
alertou sobre as possíveis dificuldades que o governo estadual terá para
implantar o programa Maranhão Juros Zero, que incentiva a economia e ajuda
pequenos empresários e gerar emprego e renda. “Com a iniciativa do governador
Flávio Dino, os empreendedores poderão ter acesso a empréstimos bancários de
até R$ 20 mil sem o peso dos juros, mas a burocracia do Banco do Brasil pode
inviabilizar”.
Ainda de acordo com o
parlamentar, o Governo do Maranhão dá total exclusividade ao Banco do Brasil,
além de ter criado, nesta gestão, o Departamento de Roubo a Banco, localizado
na Superintendência de Investigações Criminais da Polícia Civil (Seic), forma
constantemente policiais militares no Comando de Operações e Sobrevivência em
Área Rural (Cosar), que combatem crimes a bancos. “Porém o Banco do Brasil não
retribui o povo do Maranhão da forma que merece. Fica o nosso repúdio à piora
do serviço da instituição, principalmente no último ano”, finalizou.
Investimento em segurança
Os roubos e furtos com
explosivos de agências bancárias e lotéricas do Maranhão caíram 85% no primeiro
trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2016. Os dados
divulgados pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) são
resultado das prisões de quadrilhas feitas no ano passado.
Segundo informações da
Seic, nos três primeiros meses de 2016 foram registrados 13 casos de roubo e
furto com uso de explosivos a bancos, lotéricas, agências dos Correios e outras
instituições financeiras no estado. Dez dessas ocorrências foram em janeiro,
duas em fevereiro e uma em março.
Já no primeiro trimestre
deste ano, foram registradas apenas duas ocorrências desse tipo de crime no
Maranhão, uma no mês de fevereiro e outra no mês de março. Não houve nenhum
caso em janeiro.
Para o delegado-geral da
Polícia Civil, Lawrence Melo, os resultados da operação Maranhão Mais Seguro
são parte da reestruturação do Sistema de Segurança Pública do estado, que
envolvem investimentos em tecnologia, criação de departamentos de investigação especializados,
aquisição de viaturas, valorização do efetivo e contração de novos policiais.
“São diversas ações de reestruturação que estão se refletindo na diminuição
desses índices, capitaneando a segurança pública como verdadeira prioridade
dentro da gestão do governador Flávio Dino”, afirma Lawrence.
Banco do Brasil no
Maranhão
De acordo com o Procon
maranhense, em novembro de 2016, o Banco do Brasil anunciou que fecharia 31
superintendências, 402 agências (sendo 13 no Maranhão), e transformaria 379 agências
em postos de atendimento.
Além das três fechadas no
Maranhão, sete foram transformadas em Posto de Atendimento: Anil e Alemanha
(São Luís), Matões, Parnarama, Amarante, Itinga do Maranhão, Olho d’água das
Cunhas, sendo que as três últimas estão operando sem numerários. Desde 2015, já
foram abertos 596 processos junto ao órgão, que aplicou quase R$ 5 milhões em
multa.
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