quarta-feira, 5 de julho de 2017

Homem que matou maranhense em Brasília se entrega à polícia



Lucas Albo de Oliveira, 22 anos, suspeito de matar o DJ Yago Linhares Sik, 23, após uma festa no Conic, se apresentou nesta quarta-feira (5/7) e está preso na 5ª Delegacia de Polícia (área central), onde presta depoimento. Ele já tinha a prisão decretada pela Justiça e era considerado foragido. O estudante de direito vai responder por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, ameaça e injúria combinado com Maria da Penha (violência doméstica). Para a polícia, não há dúvidas de que o crime foi premeditado.
“A gente trabalha com crime premeditado, uma vez que teve confusão na boate, Lucas foi pra casa, voltou para a festa, mandou mensagens  ameaçando e ficou esperando a vítima. A gente não trabalha com outra hipótese a não ser ciúmes”, afirmou o delegado Rogério Rezende.


Na delegacia, “chorou muito”, disse que não queria matar Yago e que só falaria mais coisas em juízo. Segundo a polícia, Lucas tem outras seis ocorrências policiais por porte de arma, de drogas, ameaça e disparo de arma de fogo. Ele chegou a ser preso duas vezes. Quando menor, foi apreendido por estupro e cárcere privado após denúncia de uma ex-namorada.
Uma hora antes, por volta das 12h30, o pai de Lucas esteve na delegacia para ajudar na apresentação do filho. Segundo o tenente Belino, Pedro José de Oliveira Neto foi parado em uma blitz e, sem documentos do veículo, chorou e contou ao policial que o filho era procurado por homicídio. Em seguida, pediu para ser levado à DP. Ele acabou liberado, uma vez que o delegado e o advogado de Lucas estariam conversando para que o jovem se entregasse.
No momento da prisão, o suspeito estava em casa, em um condomínio do Jardim Botânico, aguardando a chegada dos policiais, após a negociação com o advogado e com os pais dele. Antes, contou que dormiu em hotéis de São Sebastião para não ser encontrado.
Quando foi divulgada a informação de que o pai de Lucas estava na delegacia, amigos e parentes de Yago começaram a chegar. “Ele morreu porque foi salvar a nossa amiga. Ele não gostou de vê-la sendo agredida e tomou uma iniciativa”, disse uma colega da vítima.
Assim que Lucas foi levado para a sala de depoimentos, com o rosto coberto, familiares e amigos de Yago se manifestaram na DP, gritando palavras como “maldito”, “assassino” e “covarde”. De acordo com colegas do DJ, os dois se conheciam. 

Imagens de câmeras de segurança mostram o exato momento em que Yago foi assassinado no domingo (2). Armado, Lucas se aproxima e, depois de tentar agredi-lo, faz os disparos. O rapaz atingiu a vítima com três tiros após uma discussão por conta da ex-namorada.
(Metrópoles)

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