A polícia investiga a linha de crime de encomenda no
caso da morte do agente penitenciário Jorge Luís Lobo da Cunha, 37 anos,
assassinado a tiros na tarde do domingo, 9, na Avenida Litorânea. Segundo as
investigações, o suspeito identificado como Idael Melo Roxo, 29 anos, teria
sido avisado da presença da vítima. Idael foi preso em flagrante, interrogado e
encaminhado ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Informações sobre o
andamento do caso foram repassadas pela equipe da Secretaria de Estado de
Segurança Pública (SSP-MA),nesta segunda-feira, 10, na sede da instituição,
bairro Vila Palmeira.
O secretário da SSP-MA, Jefferson Portela, destacou
o trabalho imediato das equipes de polícia que estavam trabalhando na ocasião,
que culminou com a prisão do suspeito. “A ação rápida da polícia foi
determinante para a solução deste caso e a investigação vai à procura dos
demais que possam estar envolvidos neste crime cruel e frio. O agente teve sua
vida interrompida por um criminoso, o fato não ficará impune e o culpado
sentirá o rigor da lei”, enfatizou o secretário de Segurança.
“Foi um crime hediondo, no qual a vítima não teve
condições de defesa e cometido por um suspeito que tem um histórico de
homicídio contra si. A polícia estava a postos e conseguiu impedir que ele
fugisse, e, agora, responderá por mais esse ato criminoso. A Segurança está
investigando o caso, pois há indícios de mais envolvidos e está prestando a
devida assistência à família do agente”, reforçou o delegado-geral de Polícia
Civil, Lawrence Melo, durante a coletiva.
A prisão foi efetuada pela Companhia de Policiamento
de Turismo Independente (CPTur-Ind), que faz ronda na área litorânea. Com o
suspeito a polícia apreendeu dois revólveres calibres 38 (com as cinco munições
deflagradas) e 32 (com as cinco munições intactas) – ambos com numeração
raspada; e uma bicicleta. Em depoimento, o suspeito disse ter atirado no agente
por achar que alguém queria lhe matar, mas a alegação é descartada pela
polícia.
“Essa justificativa não convence, pois há
testemunhas que viram o suspeito saindo das dunas e investindo contra a vítima,
sem nada dizer. Inclusive, a vítima estava de costas para ele na ocasião, ou
seja, não tinha como vê-lo”, explicou o diretor do Departamento de Homicídios
da Capital, delegado Lúcio Rogério Reis. Ainda com base no primeiro depoimento
do suspeito, o delegado avalia que ele não conhecia o agente. “É o que nos
parece, mas alguém no local pode tê-lo reconhecido e acionado o autor para
executar o crime. Estamos investigando e outros envolvidos devem ser
identificados brevemente”, informou Reis.
Entre as acusações contra ele estão crime de
homicídio qualificado (pela torpeza mediante emboscada) e por ter como vítima
servidor da área de segurança pública. O suspeito tem ainda em sua ficha um
registro de prisão em 2016, pelo assassinato de um taxista. Outros depoimentos
serão coletados com o suspeito e a investigação do caso segue pela Delegacia de
Polícia Civil da Área Oeste, sob comando do delegado Wang Chao Jen.
O caso
O agente Jorge Luís da Cunha foi morto a tiros, por
volta das 16h30, nas proximidades do bar Espuma do Mar, na Litorânea. Instantes
após o ocorrido, policiais da CPTur que rondavam a área avistaram a aglomeração
de pessoas e ao se aproximar viram a vítima estendida no calçadão, já sem vida.
Populares informaram a fuga do suspeito que foi avistado pela polícia nas
proximidades do Restaurante Cabana do Sol, quando tentava fugir em uma
bicicleta.
O suspeito foi conduzido ao Plantão da Cajazeiras e
identificado por várias testemunhas como autor do crime. “As equipes ficam de prontidão
em toda a extensão da orla marítima e assim foi possível interceptar o suspeito
enquanto empreendia fuga”, explicou o tenente-coronel José Roberto Moreira
Filho, comandante da CPTur. O agente penitenciário Jorge Luís Lobo era servidor
temporário e trabalhava no Centro de Detenção de Pedrinhas (CDP).
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