Painel (Folha de São
Paulo)
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB),
em conversa com investidores ontem, disse que, se depender do processo na
Câmara, “dentro de 15 dias o país terá um novo presidente”.
Para o tucano, a “instabilidade
aumentou” com a prisão de Geddel Vieira Lima, o avanço da delação de Eduardo
Cunha e a escolha de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) como relator da denúncia na CCJ.
Evidenciando que uma ala do tucanato rifou Michel Temer, afirmou que “o governo
caiu”.
Cássio Cunha Lima disse que, se Temer
continuar no Planalto, as propostas não passarão. O senador ainda enfatizou que
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, já teria dado sinais de que não
mexerá na equipe econômica se assumir o governo. “Maia deverá apresentar mais
estabilidade.”
Cada vez mais evidente, a disposição dos
tucanos em abandonar o governo Temer ainda esbarra em ala diminuta do partido
que defende a manutenção do apoio ao peemedebista.
O grupo que vem perdendo força defende
que a decisão sobre o rumo do partido seja tomada por um colegiado seleto: os
seis governadores, o prefeito de São Paulo, João Doria, os líderes no
Congresso, o presidente interino, Tasso Jereissatti, e o licenciado, Aécio
Neves. FHC seria ouvido.
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