O governador é inocente como Roseana
Sarney não é, como Fernando Sarney nunca foi, como Edison Lobão jamais será,
como José Sarney nunca quis ser.
JM Cunha Santos
Escancara-se, cada vez mais, a
pusilanimidade do jornalismo praticado pelo Sistema Sarney de Comunicação.
Deturpações, invencionices, mentiras descaradas e lavagem de informação. Da
mesma forma que se acostumaram, conforme denúncias do MPF, do MPE, da PF, à
lavagem de dinheiro, à evasão de divisas, praticam a evasão da verdade.
Um grupo político atolado em suspeitas
de falcatruas parte para a execução pública sumária dos adversários, usando um
monopólio de comunicação, durante tanto tempo sustentado com dinheiro público,
como guilhotina. É vergonhoso e desalentador que seja isso o que apontam lá
fora como imprensa do Maranhão.
“A verdade venceu”, disse o governador
Flávio Dino no abater de uma mentira comprada em “tenebrosas transações” quando
o Superior Tribunal de Justiça julgou improcedente a abertura de inquérito para
apurar delações contra ele feitas “sem qualquer base real ou nexo com a
verdade”. “O pedido de arquivamento é irrecusável, dada a falta de provas
contra o governador”, disse o ministro Felix Fisher no atender ao pedido de
arquivamento da denúncia contra Flávio Dino.
É no tratamento dado à notícia que se
estabelecem as diferenças entre o que é jornalismo e o que é lavagem de
informação. É no que se ouve, lê e vê no Sistema Sarney de Comunicação que se
percebe que eles não sabem mais a diferença entre o que é jornalismo e o que é
politicalha: “PGR envia ao STJ pedido de inquérito contra Flávio Dino”,
estampou em manchete de capa o jornal O Estado do Maranhão. Mentira reforçando
mentira. A Procuradoria Geral da República estava enviando o pedido de
arquivamento do inquérito, estava afirmando que o governador é inocente das
acusações.
Sim. O governador é inocente nesta como
em todas as imputações do Sistema Sarney de Comunicação. O governador é inocente
como Roseana Sarney não é, como Fernando Sarney nunca foi, como Edison Lobão
jamais será, como José Sarney nunca quis ser. Este grupo político pula de
processo em processo por corrupção, de denúncia em denúncia, de suspeita em
suspeita, como abutres pulam de carniça em carniça. Sem saída, agem para que
todos à sua volta tenham o mesmo cheiro que eles têm.
Nada, entretanto, é pior para a imprensa
que a falta de credibilidade. O Sistema Sarney de Comunicação está afundando,
se afogando, ele mesmo, no lodaçal de mentiras que criou no Estado. Seu melhor
destino é o limbo, a indiferença, o pouco caso do povo do Maranhão.
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