sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Deputados decidem repassar recursos das emendas para a saúde dos municípios; senadores podem estar querendo enfiar o dinheiro nos bolsos

JM Cunha Santos


As últimas informações dão conta de que 17 dos 18 deputados maranhenses assinaram a emenda coletiva que destina R$ 160 milhões à saúde dos municípios, conforme acordo que envolveu deputados federais, senadores e a Federação dos Municípios.
Neste momento, as dificuldades para que os moradores destes municípios recebam um considerável reforço financeiro para a saúde pública estão sendo criadas pelos senadores. Entre os deputados federais, somente o filho do senador João Alberto, João Marcelo, provavelmente por ordem do pai, se nega a ajudar os munícipios. Não se decidiu pelo repasse até agora.
Já o senador preferencial da Lava Jato, Edison Lobão, ao invés de liberar os recursos para a saúde municipal, desandou a atacar o governador Flávio Dino, tentando explicar o inexplicável. E Roberto Rocha se mantém calado, doido para que a transferência desses recursos para cidades do interior do Maranhão não se conclua.
Lobão, em manifestação no facebook, afirma que é o governo federal que está na obrigação de destinar recursos à saúde e a outras políticas públicas, através de seus ministérios. Em outras palavras, o senador não está disposto a transferir recursos das emendas para a gestão da saúde dos municípios.
EMENDAS E CORRUPÇÃO
Emendas parlamentares tem origem em um atalho no Orçamento que dá aos deputados e senadores acesso facilitado a um pedaço das verbas, sem submeter o gasto à discussão e aprovação da Congresso, como acontece com o restante do orçamento. O objetivo das emendas parlamentares, no entanto, é nobre: incluir no orçamento despesas específicas, como pavimentar uma estrada, reformar um hospital ou abastecer de recursos a saúde pública de um município, como é o caso.
Ocorre que ultimamente as emendas têm servido para tudo o que não presta, inclusive para manter o degenerado escravocrata Michel Temer na Presidência da República, posto que as emendas são incluídas no orçamento, mas a liberação do dinheiro depende de uma ordem do governo.

As emendas parlamentares muitas vezes têm servido também para que deputados e senadores barganhem o apoio político de prefeitos, para manutenção de currais eleitorais etc. Não é incomum, igualmente, que o dinheiro das emendas seja destinado a entidades ligadas a parentes e laranjas, ou seja, acaba nas contas dos próprios parlamentares. Talvez seja por isso que os senadores do Maranhão se neguem a transferir o dinheiro das emendas para a saúde pública dos municípios. 

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