O
governador Flávio Dino entregou nesta terça-feira (10), em São Luís, o Hospital
de Traumatologia e Ortopedia (HTO), uma unidade inédita no Estado capaz de
atender casos de alta complexidade. Com o novo prédio, a rede pública estadual
na capital passa das atuais 80 cirurgias por mês para 400. Ou seja, a
capacidade é multiplicada por cinco, o que vai desafogar a fila por cirurgias.
Em 2014, eram apenas 30 cirurgias por mês.
O novo
hospital fica no Jardim Eldorado. Ele vai atender pacientes tanto da Grande
Ilha como de outros municípios. Flávio lembrou que a inauguração do hospital
representa um marco para a Saúde maranhense. E que foi preciso vencer
resistências para que o HTO fosse entregue à população.
“Não
perdemos nunca a alegria de fazer o bem. Esse é o milagre desse governo, o
milagre da multiplicação das oportunidades, da luta obstinada pela igualdade,
de não ter medo de nada e nem de ninguém”, disse o governador durante a entrega
do hospital.
“Não
importa quem foi poderoso ontem ou se esse alguém se acha dono da riqueza e do
poder. Aqui não temos medo.”
O
governador ressaltou que “temos que lutar sempre, e lutando as coisas têm outro
sabor”. Ao afirmar que já foram concluídas mais de 500 obras desde 2015, Flávio
acrescentou que “poucas inaugurações me emocionaram tanto quanto esta, porque é
fruto da luta”.
Tecnologia
e redução da fila
O
secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, disse que o hospital era um pedido
antigo dos médicos no estado. Ele previu que, em um ano, a fila de espera por
cirurgias vai estar consideravelmente menor. Hoje, são cerca de 2 mil pessoas
no aguardo.
O HTO tem
capacidade para 4,8 mil cirurgias por ano, mas “a fila vai ganhando novos
componentes a cada dia”, principalmente por causa dos acidentes de moto, frisou
o secretário.
De acordo
com o diretor clínico do HTO, Newton Gripp, a unidade está pronta e
completamente equipada para atender todos os casos complexos: “Temos 100% de
capacidade aqui. Ninguém mais precisa sair do Maranhão para tratar qualquer
doença ortopédica”.
O médico
Damião Guedes, especialista em reconstrução e alongamento ósseo, diz que o HTO
também vai formar e qualificar profissionais. “É uma unidade de referência para
pacientes e profissionais. Aqui ficou como uma ilha de excelência, quem está
dentro está festejando e quem está fora está querendo entrar”, diz.
Flávio
Dino ressaltou que os mais de 300 profissionais do novo hospital são os
verdadeiros responsáveis pela importância da unidade. “Mãos e coração: disso é
feito um bom hospital. E eu tenho certeza de que o HTO será um excelente
hospital porque está em excelentes mãos desses profissionais.”
Consultas
Carlos
Lula ressaltou que o Hospital de Traumatologia e Ortopedia vai receber casos
encaminhados de outras unidades, como as UPAs e o Socorrão. Ou seja, o paciente
não deve buscar atendimento diretamente no HTO, e sim ser encaminhado para lá.
“Eu sou a
primeira paciente do hospital novo! Cheguei aqui foi cedo”, contou a lavradora
Raimunda Vaz Cardoso, 54 anos, que vai constantemente de Miranda do Norte a São
Luís para consultar os dois joelhos, que precisam ser operados.
“A
cirurgia é 30 mil reais na rede particular. Eu disse ‘doutor, não tenho
condição de pagar essa cirurgia’. Aí a assistente social me encaminhou para o
Hospital Geral, onde me consultei com o doutor Newton Gripp, que me trouxe para
cá [HTO].”
“Minha
expectativa é não precisar mais esperar esse tempo todo e fazer minha cirurgia
sem custo nenhum, porque eu não tenho condição. Se eu tivesse condição, eu já
tinha feito essa cirurgia há muito tempo”, acrescentou Raimunda, que sente
dores nos joelhos há cinco anos.
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