Com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, escola
fez duras críticas ao atual momento político
Michel Temer "vampiro", paneleiros com camisetas do Brasil e
patos da Fiesp sendo controlados pela mídia, críticas às reformas trabalhista e
da Previdência. Esses foram os temas trabalhados pela escola de
samba Paraíso do Tuiuti na noite desta segunda-feira (11) na passarela da
Sapucaí, no Rio de Janeiro (RJ).
Com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, sobre os
130 anos da Lei Áurea, a agremiação denunciou o golpe parlamentar de 2016
contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e fez duras crítica ao atual governo de
Michel Temer (MDB). Em uma das alas, como a reforma trabalhista e da
Previdência representariam essa nova escravidão no Brasil.
“Eu acho que a gente está fazendo uma coisa que todo mundo quer. Todo
mundo quer botar pra fora, as pessoas querem gritar o “Fora Temer”, as pessoas
querem se manifestar e é forma de manifestar da minha parte”, disse em
entrevista professor de história Léo Morais, que interpretou o Michel Temer
Vampiro na última alegoria da escola, intitulada “Navio neo tumbeiro”.
Outra ala de destaque no desfile da Tuiuti foi a dos “manifestantes
fantoches”, que ironizou os chamados paneleiros que saíram às ruas com
camisetas do Brasil pedindo o impeachment de Dilma. A escola de samba utilizou
mãos gigantes representando a mídia, que controlava esses paneleiros envolvidos
por patos amarelos, em referência à campanha da Fiesp contra o aumento de
impostos que inflamou a população contra o governo petista.
A passagem das últimas alas e alegorias levou a plateia ao delírio, que
aplaudiu e respondeu à agremiação com um “Fora, Temer”, rapidamente abafado
pela transmissão da Globo.
Edição: Luiz Felipe Albuquerque
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