Num discurso oportunista sobre suposta
instalação de uma “indústria de multas” em São Luís, os protagonistas fazem
questão de esquecer que é dever do gestor público fazer cumprir a legislação,
tendo todos os cuidados possíveis com a segurança e a garantia dos direitos do
cidadão.
Impossível imaginar que permanecessem
inimputáveis as afrontas às leis de trânsito na capital, com todos os riscos
que representam para o transeunte e para as vidas mesmo dos condutores de
veículos. São transgressões perigosas, como dirigir em alta velocidade, com
celular pendurado nas orelhas, com crianças de colo no banco da frente ou nos
braços dos pais e até sem cinto de segurança.
O oportunismo político se constata
quando, num primeiro momento, condenam a falta de fiscalização e num segundo
inventam uma “indústria de multas” que só lhes cabe nas mentes, posto que a
fiscalização ora em curso em São Luís segue a mesma legislação aplicada a todos
os estados do país. Apenas aproveitaram-se de uma falha ocasional que a
Prefeitura identificou, chamando a empresa responsável à razão, abrindo o
indispensável procedimento administrativo e cancelando, imediatamente, as
multas duplicadas. Entendendo-se que a falha não foi nos fotossensores, mas na
impressão das multas posteriormente anuladas.
E esta é a reação que se espera do
administrador consciente de suas responsabilidades, capaz de detectar e
resolver os problemas de imediato, sem tergiversar, sem buscar anteparo em
desculpas, nem justificativas fora da realidade, mas preocupado tão-somente em
encontrar a mais viável e rápida solução.
Esvaziam-se, assim, os discursos
oportunistas, as críticas vazias e mal intencionadas daqueles que não conseguem
entender que o objetivo primeiro da política é o bem da sociedade e a segurança
do cidadão. E quem não estava acostumado com isso estranha.
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