sábado, 24 de fevereiro de 2018

Trânsito, oportunismo e fiscalização




Num discurso oportunista sobre suposta instalação de uma “indústria de multas” em São Luís, os protagonistas fazem questão de esquecer que é dever do gestor público fazer cumprir a legislação, tendo todos os cuidados possíveis com a segurança e a garantia dos direitos do cidadão.
Impossível imaginar que permanecessem inimputáveis as afrontas às leis de trânsito na capital, com todos os riscos que representam para o transeunte e para as vidas mesmo dos condutores de veículos. São transgressões perigosas, como dirigir em alta velocidade, com celular pendurado nas orelhas, com crianças de colo no banco da frente ou nos braços dos pais e até sem cinto de segurança.
O oportunismo político se constata quando, num primeiro momento, condenam a falta de fiscalização e num segundo inventam uma “indústria de multas” que só lhes cabe nas mentes, posto que a fiscalização ora em curso em São Luís segue a mesma legislação aplicada a todos os estados do país. Apenas aproveitaram-se de uma falha ocasional que a Prefeitura identificou, chamando a empresa responsável à razão, abrindo o indispensável procedimento administrativo e cancelando, imediatamente, as multas duplicadas. Entendendo-se que a falha não foi nos fotossensores, mas na impressão das multas posteriormente anuladas.
E esta é a reação que se espera do administrador consciente de suas responsabilidades, capaz de detectar e resolver os problemas de imediato, sem tergiversar, sem buscar anteparo em desculpas, nem justificativas fora da realidade, mas preocupado tão-somente em encontrar a mais viável e rápida solução.

Esvaziam-se, assim, os discursos oportunistas, as críticas vazias e mal intencionadas daqueles que não conseguem entender que o objetivo primeiro da política é o bem da sociedade e a segurança do cidadão. E quem não estava acostumado com isso estranha.   

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