Segundo
levantamento publicado nesta quinta-feira (22) pelo portal de noticiais G1, o
Maranhão é um dos estados que menos registraram Crimes Violentos Letais Intencionais
(CVLI) –que incluem os homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte) e lesão
corporal seguida de morte –, em janeiro de 2018.
O
levantamento faz parte do Monitor da Violência feito por meio de parceria entre
o Portal G1, o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo
(USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e afirma que o “Brasil teve no
ano passado 59.103 vítimas assassinadas – uma a cada 9 minutos, em média”,
segundo dados oficiais dos 26 Estados e do Distrito Federal.
Levando
em consideração o mês de janeiro deste ano, o Maranhão registrou 42 crimes
violentos, registrando uma taxa de 0.60 no índice por 100 mil habitantes,
número que colocou o Maranhão entre os Estados que menos registraram casos
desse tipo.
Ouvido
pelo G1, o secretário de Segurança Pública do Maranhão (SSP), Jefferson
Portela, analisou o quadro nacional da violência.
“Entre os
quadros que mais matam no país, estão os grupos ligados ao tráfico de drogas,
conhecidos como facções criminosas e os grupos de extermínio. Essa é a prática
nas últimas décadas mais forte em relação à produção do número de mortes em
nosso país e é algo que precisa ser analisado por todo sistema nacional de
segurança pública”, analisa Portela, que também é presidente do Colégio
Nacional de Secretários Estaduais de Segurança Pública (Consesp).
Comparação
Ainda
segundo o portal, o Brasil teve 59.103 pessoas assassinadas no ano passado,
totalizando um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior e registrando o
aumento da taxa de mortes por 100 mil habitantes em 28,5.
Entre os
estados, o Ceará é o que teve o maior crescimento de mortes tanto em número
absoluto, com 1.677 mortes a mais em um ano, como em percentual, chegando a
48,5%. Já o Rio Grande do Norte é o que tem a maior taxa de mortes, totalizando
64 a cada 100 metros.
A taxa do
Maranhão foi a menor do país, entre os Estados que forneceram as estáticas,
registrando 0.60 CVLIs por mil habitantes em janeiro deste ano.
Se
comparado os anos de 2014 – último ano da gestão passada – com 2017, o Maranhão
teve redução, indo de 30.6, em 2014, para a atual 27.8 do último ano, segundo a
SSP.
Avanços
na Segurança
Entre os
avanços alcançados nos últimos três anos na redução dos índices de
criminalidade do Maranhão, Jefferson Portela detalha as principais medidas.
“Iniciamos
essa gestão fazendo levantamentos mensais de homicídios em todas as áreas e
conseguimos identificar os pontos mais críticos, e foi lá onde começamos a agir
com mais ênfase”, detalha. “Entre os resultados disso, temos avanços como os 52
dias sem homicídios na Cidade Operária, 40 dias sem morte no Maiobão e os 100
dias na Raposa, isso em aéreas antes conhecidas pelos altos índices de
homicídios. Então, temos situações resolvidas com a interpretação de dados e a
forte atuação das polícias militar e civil, trabalhando integradamente”, afirma
o secretário.
“Além de
todos os investimentos em novas viaturas, novos policiais, armamento e muitos
outros, nós tivemos a criação da Superintendência de Homicídios, que por meio
da Delegacia Móvel usa a plataforma ArcGIS, que ajuda a georreferenciar as
ocorrências de forma online, coletando dados do crime no local, além de ouvir
testemunhas. Isso fez com que nossa taxa de identificação de autoria seja de
47%, ainda no local do crime”, completa Jefferson.
Redução de
CVLIs
Um
recente levantamento da SSP aponta que, comparando 2014 com 2017, o Maranhão
teve uma redução de 12% nos casos de CVLIs, saindo da taxa de 30.6 em 2014 para
27.8 em 2017, resultando em 153 vidas salvas em todo o estado.
Jefferson
Portela também afirma que a soma das inovações tecnológicas com o empenho do
sistema de segurança tem como principal resultado a tendência de queda dos
Crimes Violentos Letais Intencionais no estado.
“E nisso,
ainda temos o combate ao sub-registro dos casos, já que o Governo anterior não
tinha um banco de dados desses crimes em 100% dos municípios. Além disso, temos
uma redução de 40% de homicídios em 2017, na comparação com 2014, na Grande
Ilha”, conta o secretário.
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