O serviço
público cumpre uma função essencial no país, e os servidores precisam se sentir
parte de uma causa para chegar a resultados cada vez melhores – e o Maranhão
tem exemplos que mostram que isso é possível. A avaliação foi feita pelo governador
Flávio Dino durante palestra nesta sexta-feira (6) na Brazil Conference at
Harvard & MIT 208, em Boston, Massachusetts, nos Estados Unidos da América.
O evento
busca soluções para o futuro do Brasil. O tema da palestra de Flávio Dino e
outros convidados, na Universidade de Harvard, foi “Impulsionando talentos no
setor público”. Flávio Dino citou casos de como o Maranhão vem dando grandes
saltos a partir dos investimentos públicos e do serviço prestado pelo Estado.
Isso
requer, naturalmente, recursos financeiros. “O segredo está na conjugação do
custeio [o dinheiro aplicado para manter o Estado e os serviços funcionando] e
do investimento. Não se faz serviço público de qualidade sem custeio. Por
exemplo, temos hoje o maior programa educacional em execução do Brasil. Cada
escola nova que inauguro significa professores, material didático, etc”,
explicou, referindo-se ao Escola Digna e ao impacto financeiro dessas
iniciativas. Mas o resultado é muito mais do que vantajoso para a população.
Antes do
início do debate, o apresentador do evento destacou outros investimentos que
vêm sendo feitos pelo Governo do Maranhão. Ele deu como exemplos o maior
salário para os professores do Brasil e os avanços na Segurança Pública, como a
saída de São Luís da lista de 50 cidades mais violentas do mundo.
Bons
resultados
Flávio
Dino ressaltou que é preciso mais do que estímulo financeiro para alcançar bons
resultados no serviço público. “A autoridade de quem lidera às vezes é mais
estimulante que prêmios. No Governo do Maranhão, estamos conjugando as duas
coisas. Quando cheguei, apreendiam-se 1.800 armas ilegais por ano; hoje se
apreendem quase 3 mil, um salto de 80%, conjugando autoridade com premiação”,
exemplificou.
Para o
governador, é preciso ir além de salários e gratificações: “Não devemos ter a
ilusão de que os estímulos econômicos vão gerar maior produtividade, porque é
preciso que os servidores públicos se mobilizem por uma causa. Todos precisamos
de causas, sonhos. Precisamos de metas mensuráveis, mas também e sobretudo
abstratas. Ninguém vai executar bem suas funções apenas para cumprir uma
determinada equação matemática”.
Para ele,
é preciso ter metas objetivas, mas igualmente é fundamental engajar todos num
“esforço coletivo”. Flávio Dino acrescentou que é preciso “construir uma nova
cultura geracional” sem perder as virtudes do poder público.
Durante a
apresentação, Flávio alertou para a correção de algumas distorções. Por
exemplo, há mais engenheiros interessados em ser auditores do que em trabalhar
diretamente com o planejamento e a construção das obras. Porque envolve uma
cultura de valorização e desvalorização de funções. “É preciso balancear melhor
as esferas de controle e de execução do serviço público.”
Além de
Flávio, também fizeram palestras sobre o mesmo tema Claudio Haddad, do Insper;
Denis Mizne, da Fundação Lemann; Joice Toyota, da Vetor Brasil; e Regina
Pacheco, da Fundação Getúlio Vargas.
Brazil
Conference
O evento
é organizado pela comunidade brasileira de estudantes em Boston. A conferência
vai até este sábado (07) e conta com mais de cem palestrantes convidados.
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