“A minha vida inteira, o meu projeto de vida foi viver dentro de uma
escola. Eu sou professora da rede estadual há mais de vinte anos. Agora, na
reta final para a aposentadoria, eu me deparo com um projeto de educação que me
oportuniza ver o meu aluno o dia inteiro na escola, bem alimentado, feliz e bem
acolhido. E eu tenho datashow, equipamento de som, impressora, tenho, cola,
tenho lápis, material para fazer o que for preciso”. O depoimento, com voz
embargada e acompanhado por olhos marejados, é da professora Simone Silva
Santos, gestora pedagógica do Centro de Educação Integral, no Vinhais, que se
emociona ao falar que, hoje, tem uma escola muito mais estruturada para
desenvolver o seu trabalho.
“Eu me emociono, porque pode parecer pouco, mas, para mim que a vida
inteira na escola não tive essa oportunidade de fazer muito do que desejava por
falta de material, de estrutura, isso vale muito. Eu vivi para ver isso
acontecer. E eu dou o melhor”, completou a professora.
“Ser professora ou professor no Maranhão, hoje, é ter um mundo de
possibilidades e de oportunidades. É você poder desempenhar o seu papel de
educador com tranquilidade, porque você tem todo apoio necessário para isso”. A
fala, que também traduz novos tempos na educação do Maranhão, vem da professora
goiana Viviane Nunes Siqueira, gestora do Centro de Educação Integral Joana
Batista, na Cidade Olímpica.
Em 2015, a professora Viviane deixou para atrás os parentes e a terra
natal, para fazer o concurso para professores da rede estadual, promovido pelo
Governo do Maranhão, cujo salário inicial era de R$ 5 mil. Aqui, ela diz que
encontrou mais que um emprego e o melhor salário do país, pago a professores de
uma rede estadual. “Eu fiz o concurso em dezembro, em janeiro já saiu o
resultado e, em abril, eu já fui nomeada. Eu vi a seriedade da gestão estadual.
Porque em muitos lugares a gente faz o concurso, passa, e não é chamada. Eu
tenho 20 anos de carreira na educação e ainda não tinha visto um governo com um
olhar voltado para a educação de uma forma tão especial. E outras oportunidades
foram surgindo nesses três anos, tanto que hoje eu sou gestora do CEIN Joana
Batista, uma das Escolas de Tempo Integral. Não me arrependo de ter vindo”,
concluiu a professora.
“Nós entendemos que não se faz educação de qualidade sem pensar na
valorização do professor que está na linha de frente, em sala de aula. E, esta
é uma das maiores preocupações do governador Flávio Dino, que respeita e
reconhece o trabalho desses profissionais tão importantes no processo de
construção da educação que tanto desejamos para o nosso Maranhão”, enfatizou o
secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.
O professor Ronilson Pinto tinha duas matrículas efetivas de 20 horas na
rede pública estadual e outra, também de 20 horas no município. Estava prestes
a perder um dos salários, porque por lei não podia acumular três nomeações. Em
2017 veio a solução para ele e muitos outros professores que estavam na mesma
situação. O concurso para unificação de matrículas, que possibilitou a
professores que pudessem ser reenquadrados na tabela remuneratória de 40 horas
semanais.
“Essa fantástica política do governo de unificar matrículas, além de
resolver a questão da falta de professores, beneficiou a categoria nas questões
salarial e da previdência, uma vez que antes não podíamos nos aposentar com
três matrículas de 20 horas. Agora, o professor vai poder ter a nomeação de 40
horas e outra de 20. Isso representa melhora salário na aposentadoria”, disse o
professor.
Professor de História em uma escola da rede estadual de ensino, na
cidade de Mata Roma, na região do Baixo Parnaíba, a 264 quilômetros de São
Luís, o professor Francisco Alves Ferreira, também ressaltou os ganhos e a
valorização profissional dos educadores. “É uma gestão de compromisso, voltada
para melhoria do ensino, com a construção de escolas, ampliação da jornada e
unificação de matrículas dos docentes, o que nos dá mais vontade e mais
dignidade no fazer da nossa atividade pedagógica”, avaliou.
O maior salário pago a professores de uma rede estadual, no país, a
unificação de matrículas, estrutura da escola, material pedagógico à disposição
dos educadores, a Escola de Tempo Integral, novo modelo educacional implantado
no estado, são apenas algumas das ações implantadas pelo Estado para garantia a
melhoria da educação e para a valorização dos professores.
Conquistas em números
Nos últimos quase quatro anos, os educadores do Maranhão tiveram ganhos
gradativos, constantes e significativos em suas carreiras. E muito mais do que
cumprimento de direitos, são ganhos que representam conquistas históricas
reconhecidas pelos próprios educadores. Entre as conquistas, estão:
O concurso público para 1.500 professores com
carga horária de 40 horas;
Concursos internos de ampliação de
jornada e a unificação de matrículas, em 2017 e 2018, beneficiando 2.400
professores;
Mais de 26 mil professores beneficiados
com progressões, promoções e titulações;
Em três anos houve recomposição salarial
de 30,35%, valor acima da inflação do período;
Maior remuneração do país para professores de 40h, 5.750,84 (sem titulações).
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