sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Justiça manda investigar denúncia de tortura com pedaços de pau e fios elétricos em quartel do Rio

“A conduta dos militares é totalmente reprovável e absurda, devendo ser investigados e punidos, caso haja comprovação do abuso de poder", escreveu a magistrada, encaminhando o caso para apuração do Comando Militar do Leste (CML)
  Revista Fórum


A juíza Amanda Azevedo Ribeiro Alves, da Central de Audiências de Custódia, determinou a apuração de denúncias de tortura de oito homens – entre eles um menor de 16 anos – que foram detidos com drogas e armas durante uma operação do Exército no complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, e levados para uma “sala vermelha” na 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar.
“A conduta dos militares é totalmente reprovável e absurda, devendo ser investigados e punidos, caso haja comprovação do abuso de poder”, escreveu a juíza, encaminhando o caso para apuração do Comando Militar do Leste (CML). O juiz Marco Antônio Azevedo Junior, da Vara da Infância e da Juventude, também mandou que o CML apurasse a denúncia. As informações são de reportagem do jornal Extra.
Segundo o jornalista Rafael Soares, que teve acesso ao inquérito, um dos presos afirma que, na sala, “foi feito um interrogatório violento”, em que os militares perguntavam sobre traficantes do Complexo da Penha. “Ao responder que não sabia, apanhava com madeiradas na nuca e chicotadas com fio elétrico nas costas”, relatou o preso.
Outro detido, de 23 anos, afirmou ter sido “ameaçado de ser sufocado com um saco plástico” durante a sessão de tortura e disse que “chegaram a colocar um preservativo num cabo de vassoura para assustá-lo”.
Ao jornal, o CML disse que “não compactua com quaisquer ações que não estejam dentro do ordenamento jurídico”.
Leia a reportagem na íntegra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário