JM
Cunha Santos
Dá
para lembrar as multidões cegas em torno de Hitler, na Alemanha, querendo punir
o mundo por um passado que em nenhuma hipótese poderia ser pior que o futuro
que se avizinhava.
Hoje,
no Brasil, a suástica que levou à morte mais de 40 milhões de pessoas durante a
segunda guerra mundial, é desenhada a ferro na carne das mulheres e o ódio que
alimenta a campanha do capitão Bolsonaro se espalha como única proposta de
solução para os problemas do país.
O
ódio fede. Fede a carniça. A singeleza da frase “Lute como uma garota”, na
camisa da funcionária pública Paula Pinheiro Ramos Pessoa Guerra, é respondida com
espancamento, selvageria e covardia. Nasce aqui a xenofobia tropical e os
nazistas desprezados em todo o mundo se sentem capitães de uma guerra que, até
então, não tinham como começar. O racismo ganha corpo, pendurado na boca de um
general candidato a vice-presidente que vê nos negros e nos nordestinos as
sobras de uma sub-raça que, a seu talante, somente na condição de escrava
deveria pertencer ao Brasil.
Pregam
a ideia louca de armar toda a população como forma de legítima defesa. Um
revólver ou um fuzil em cada casa e o sangue escorrendo aos borbotões num país
que sempre foi sinônimo de paz e de concórdia. Estão defendendo a carnificina.
A
imprensa, sob o choque das lágrimas, da repulsa e da revolta, é orientada pelos
patrões da mídia, na Band e na Record, a defender essa insanidade que,
fatalmente, dividirá o Brasil não mais em regiões, mas em mortos e feridos.
E
aqui no Maranhão, celeiro dos maiores poetas do país, Roseana Sarney, Adriano
Sarney e Roberto Rocha, porque derrotados democraticamente, pregam todo apoio
ao capitão Bolsonaro, o capitão da morte certa que, sem meias palavras, parece
disposto a conduzir o país a uma guerra civil.
“E
eu, que não creio, peço a Deus por minha gente, é gente humilde, que vontade de
chorar”...
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