JM Cunha Santos
Foi a falsa notícia de que o Governo do
Maranhão não pagaria a segunda parcela do décimo terceiro do funcionalismo
público que, inclusive, foi repetida pelo Jornal da Globo, que me chamou a
atenção para o fato de que Sarney provavelmente recebe a maior aposentadoria do
Brasil: R$ 73.540, 76.
Somada a outra notícia falsa, a de que o
Estado não tem mais como pagar os aposentados e pensionistas, a sarneizada
conseguiu criar um clima de catástrofe entre os servidores do Estado. Mas a
verdade é que, espalhando o pânico, o que Sarney quer mesmo é proteger seus
próprios vencimentos astronômicos. Sua aposentadoria é mais que o dobro do que
permite a lei – o teto de R$ 33.763 equivalente ao atual salário de um ministro
do Supremo Tribunal Federal. Sarney driblou a Constituição e recebe o somatório
de 3 aposentadorias: R$ 14.033,58 como Analista Judiciário do Tribunal de
Justiça; R$ 30.471 como ex-governador do Estado com um único mandato e
29.036,18 como ex-senador da República.
Mas, se conclusa até antes de dezembro uma
ação em grau de recurso, Sarney pode não receber décimo terceiro e ainda ter
que devolver R$ 4 milhões recebidos ilegalmente de sua aposentadoria. É que a
Justiça Federal de Brasília emitiu, em 25 de agosto de 2016, uma sentença que
obriga Sarney a devolver aos cofres públicos o que ganhou a mais nos 5 anos
anteriores à data do ajuizamento da ação.
E, enquanto Sarney recebe um dos maiores
salários do mundo, a título de aposentadoria, depois da tragédia da Reforma
Trabalhista o trabalhador brasileiro aguarda, apavorado, pelos efeitos de uma
Reforma da Previdência que pode permitir sua aposentadoria somente depois de
morto.
Isso é uma vergonha!
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