JM Cunha Santos
Contratação de segurança privada, (para não chamar de outra coisa) suspeitas de fraudes praticamente incontestáveis, o uso de jatinhos alugados ou cedidos pelo Governo cortando os céus do Estado e, entre os petistas, fortes os comentários de que a campanha de Monteiro teria sido turbinada pela governadora Roseana Sarney com R$ 500 mil no primeiro turno e mais R$ 500 mil no segundo turno. Um milhão de reais para ser telúrica!
Não são denúncias sobre o DEM ou o infausto PMDB. Trata-se de um simples Processo de Eleições Diretas, internas, no Partido dos Trabalhadores do Maranhão, que se já não pode ser chamado de minúsculo, também não é assim tão grande; o PT que, até outro dia, se bem me lembro, se orgulhava da carapaça ética a mantê-lo eqüidistante de notícias de fraude e corrupção, inclusive eleitoral.
Do petista Márcio Jardim recebo, por e-mail, a informação de que “a barbárie no PED-PT não é exclusividade do Maranhão”, A tendência “Construindo um Novo Brasil”, a mesma de Monteiro e Washington, estaria protagonizando o espetáculo idêntico em Brasília. Segundo Jardim, no Maranhão pretendem anunciar o resultado com base na apuração paralela feita pelo grupo de Monteiro. Para coincidir com uma visita do presidente Lula a quem o candidato do PT seria apresentado por Roseana Sarney como troféu de um dos últimos bastiões da resistência ao sarneisismo no Estado.
É isso aí. Roseana Sarney, finalmente, conseguiu comprar o Partido dos Trabalhadores no Maranhão. Sob a desculpa de que, assim, atende a uma imposição de Brasília, a um pedido do presidente Lula, à necessidade de eleger Dilma Roussef, o PT se reúne, rende e vende. Equipara-se a tudo quanto é infeliz na política brasileira. O que aconteceu com o PT do Maranhão? É a pergunta que o povo se faz nas ruas, enquanto funcionários do governo, seguindo uma procissão triste, carregam em seu andor um imenso troféu: a estátua de Monteiro envergando uma faixa com a inscrição mais que esperada: Roseana Sarney 2010.
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