Jornal Pequeno
Pela segunda vez em pouco mais de um mês, foi
capturado novamente, na manhã desta terça-feira (30), Luzivan Rodrigues da
Conceição Nunes, que era vaqueiro de Manoel Mariano de Sousa, o “Nenzim”, de 79
anos, ex-prefeito de Barra do Corda/MA que foi morto em dezembro de 2017. A
polícia descobriu que ele mentiu em depoimentos prestados sobre este
assassinato, que ganhou repercussão nacional.
O Jornal Pequeno apurou que a Polícia
Civil representou pela prisão temporária de Luzivan, que é conhecido na região
como “Luizão”, sendo que a Justiça acatou o pedido porque novas provas surgiram
durante a investigação realizada nos autos complementares. De acordo com a
polícia, o vaqueiro mentiu quando disse que não esteve em Barra do Corda no dia
6 de dezembro do ano passado, data em que “Nenzim” foi assassinado a tiros.
O vaqueiro, como a investigação descobriu nos autos,
não só esteve na cidade no dia do crime, como, também, foi visto conversando
com Manoel Mariano de Sousa Filho, 47, o “Júnior do Nenzim” ou “Vaqueiro da
Barra”, filho do ex-prefeito e autor dos disparos que mataram o próprio pai.
Nesse sentido e diante desse desvendamento complementar, Luzivan Rodrigues pode
ter agido como coautor deste assassinato. Mas, para fechar esse
“quebra-cabeças”, a Polícia Civil aguarda o resultado dos laudos periciais e
algumas oitivas, que resultarão na reprodução simulada dos fatos.
Conclusão do inquérito: em 22 de dezembro de 2017, a
Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) concluiu o
inquérito sobre este crime, sendo que, segundo declarações do delegado Lúcio
Rogério Reis, titular da SHPP, todos os laudos feitos pela Perícia Criminal do
Maranhão mostraram que Mariano Filho atirou no pai de dentro da caminhonete
Ford Ranger prata. “Júnior do Nenzim” guiava o veículo e o ex-prefeito foi
atingido pelo projétil no pescoço quando descia do automóvel. No carro, o
suspeito circulou com a vítima baleada por cerca de quarenta minutos em um
trecho da cidade, e, só depois desse longo tempo, conduziu “Nenzim” ao hospital
mais próximo.
Em virtude desse período longo dentro do carro e por
estar bastante ensanguentado, Manoel acabou falecendo. De acordo com Lúcio
Rogério, Mariano obteve a ajuda de seu primo, Francisco David Correia de
Freitas, para destruir os vestígios que estavam na caminhonete, que passou por
um processo de limpeza em um lava a jato, sendo que até os bancos da Ford
Ranger foram retirados.
Devido a esta colaboração, Francisco foi preso
temporariamente e está respondendo em liberdade por fraude processual, sendo
que ele é o proprietário do veículo, como confessou em novo interrogatório.
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