JM
Cunha Santos
Dificilmente
apelo para o que costumam chamar “a voz da experiência”, mas fui impiedosamente
atacado quando, há algum tempo, opinei sobre um iminente rompimento do deputado
federal José Reinaldo Tavares com o governador Flávio Dino. Lembro, inclusive
de, exagerando ou não, ter suspeitado de que seriam Jose Reinaldo Tavares e
Roberto Rocha os herdeiros do sarneisismo nesse estado. E as críticas sobre
esse meu escrito foram ainda mais ácidas e impertinentes.
Revela
José Reinaldo, agora, que para além do rompimento essa, de sua parte, é uma
cisão irreversível. E a irreversibilidade na política denota um sentimento de
grupo, como é o do grupo Sarney em relação ao governador, e não apenas um
descontentamento marcado por interesses pessoais não atendidos.
Esse
rompimento é consequência tão-somente de uma vontade política já manifesta em
artigos e opiniões, no entanto subsidiado por desculpas esfarrapadas como a de
que o secretário Márcio Jerry e o próprio governador teriam ligado para Rodrigo
Maia no intuito de impedir a filiação de José Reinando ao DEM.
Sabe
muito bem José Reinaldo Tavares até por seu histórico político, que não pode o
governador, sozinho, sem ouvir os partidos que compõem sua coligação, definir
candidaturas majoritárias. Isso seria um retorno ao autoritarismo que não cabe
mais no Maranhão.
Enfim,
ficou claro que eu tinha cá minhas razões e que a tese sobre os herdeiros do
sarneisismo não era tão absurda quanto quiseram fazer parecer.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExcelente artigo !! Claro, objetivo e bastante oportuno. Uma das opiniões críticas mais sóbrias e verdadeiras que li na blogosfera maranhense nos últimos dias sobre o "rompimento".
ResponderExcluirParabéns ao articulista. Falou pouco, mas disse tudo !!