domingo, 6 de maio de 2018

Sarney não quer intervenção federal no Maranhão; quer uma intervenção militar no Estado


Pendurado nas divisas dos generais, Sarney mandava e desmandava, enquanto intelectuais, jornalistas, sindicalistas, clérigos e operários eram torturados, mortos e fuzilados em praças sem endereço no Brasil.

JM Lula Livre Cunha Santos


Parece que na oposição o deputado Eduardo Braide é o único que ainda não ficou completamente doido. Não assinou o insano pedido de intervenção federal no Maranhão. E é possível compreender suas razões.
Começa que isso significaria congelar sua carreira política. As botas, fuzis, tanques e metralhadoras abalando as estruturas da histórica capital São Luís, com sua assinatura embaixo e ele na condição de títere da militarização do Estado.
Óbvio que Sarney não quer uma intervenção federal no Estado. Ele quer, isto sim, uma intervenção militar para criar um poder paralelo armado ao governo Flávio Dino. Quer prender e arrebentar os democratas que o defenestraram do poder. Afinal, não surtiu o efeito esperado a nomeação do superintendente da Polícia Federal no Brasil.
Pendurado nas divisas dos generais, Sarney mandava e desmandava, enquanto intelectuais, jornalistas, sindicalistas, clérigos e operários eram torturados, mortos e fuzilados em praças sem endereço do país.
Sarney não tem votos. Eleitoralmente é um cachorro morto. E ele, que tanto babujou a ditadura militar, vê como única saída para retornar ao poder a militarização do Maranhão. Sonha-se comandando uma polícia política, no melhor estilo da DOPS, recriando, a partir daqui o estado policial que, sob seu aplauso, conivência e participação vigorou por tanto tempo no país.
Por isso Braide não assina. É crime de lesa-pátria, uma mancha irremovível no mandato de qualquer parlamentar maranhense. E isso a história mostrará.
Fato é que, sem saída na próxima eleição, Sarney quer impor seu próprio golpe militar no Maranhão.

Um comentário:

  1. EMBORA NÃO HAJA ESPAÇO PARA TAL OBJETIVO, MAS É IMPORTANTE NÃO PERMITIR O MÍNIMO DESSA POSSIBILIDADE. JÁ EXPERIMENTAMOS, OU SEJA, A MAIORIA ELEGER E NÚMEROS DAS URNAS SEREM MANIPULADOS.

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