Por Robson Paz
A crise econômica nacional levou mais de 60 mil
usuários a deixarem os planos de saúde, entre junho de 2017 e junho de 2018. Os
dados são do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Outro estudo
divulgado pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do
Ministério da Saúde mostra que mais de 34 mil leitos de internação foram
fechados no país, nos últimos oito anos, na rede pública de saúde.
Vários estados e municípios fecharam hospitais, UPAs,
atrasam salários dos profissionais de saúde. Situação que revela a gravidade da
saúde pública no país. Como consequência, brasileiros, sobretudo os mais
pobres, sofrem nas intermináveis filas para atendimento e nos corredores dos
hospitais.
A despeito deste cenário caótico, o Maranhão mostra
eficácia e ousadia na gestão da saúde pública. Criou inédita rede de
atendimento hospitalar regional. Em três anos e meio, o governador Flávio Dino
concluiu e entregou oito hospitais regionais, que atendem milhões de pessoas em
todas as regiões. Hospitais de média e alta complexidade em Pinheiro,
Imperatriz, Caxias, Balsas, Santa Inês, Bacabal, Chapadinha e HTO (Hospital de
Traumatologia e Ortopedia) em São Luís. Com as novas unidades de saúde, o
governo do Estado aumentou em 50% o número de leitos na rede pública. Feito
extraordinário!
Aliado a este importante investimento, a consecução de
programas como o Ninar, que oferta atendimento para crianças com problemas de
neurodesenvolvimento, demonstra a dimensão humana e correta aplicação dos
recursos públicos. E o mais emblemático: o acolhimento das crianças e
familiares ocorre na antiga casa de festas do governo. Adaptada e
reestruturada, a casa abriga aqueles que mais precisam.
Enquanto o país constata o recrudescimento dos índices
de mortalidade infantil e materna, o Maranhão inova com a Força Estadual de
Saúde, que leva esperança para população das 30 cidades mais pobres do Estado.
Atenção básica que mitiga a ocorrência de doenças crônicas como hipertensão e
diabetes, além da mortalidade infantil e materna. Atendimento realizado em
povoados remotos, onde muitos jamais foram visitados por médicos.
Pacientes com câncer agora tem rede de tratamento
estadual, a partir do Hospital do Câncer em São Luís, antigo Hospital Geral, e
a descentralização dos serviços oferecidos também em Imperatriz e Caxias.
O projeto Sorrir garante às famílias de baixa renda
tratamento odontológico gratuito. A maioria dos municípios foi contemplada com
ambulâncias. Concursos públicos para profissionais de saúde foram realizados,
depois de décadas.
Tudo isto resulta da prioridade e esforço fiscal do
governo Flávio Dino para complementar o subfinanciamento do sistema de saúde
público estadual – são apenas R$ 25 milhões do SUS (Sistema Único de Saúde) por
mês. O governo investe R$ 115 milhões mensais em recursos próprios.
A saúde é direito de todos. Contudo, por muito tempo
este foi negligenciado. Agora, enquanto o Brasil regride com a PEC do Teto, que
congela por 20 anos investimentos na área, o Maranhão colhe frutos da semente
da mudança. O impacto só não é ainda maior em face do êxodo da saúde privada
para o sistema público de saúde.
Radialista,
jornalista, Secretário adjunto de Comunicação Social e diretor-geral da Nova
1290 Timbira AM.
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