Em seu Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) denunciou
mais um ataque contra ele vindo da família Sarney. “Avisaram-me que o grupo
Sarney está tramando um novo factoide querendo usar a Polícia Federal. Não
quero crer que um delegado se preste a esse tipo de armação. Seria mais uma
desmoralização”, escreveu Dino em seu perfil na rede social.
Nesta quarta-feira, uma juíza eleitoral de primeira instância decretou a
inelegibilidade de Dino por “abuso de poder econômico”. De acordo com a juíza
Anelise Nogueira Reginato, da cidade de Coroatá, Dino teria usado o programa de
asfaltamento de ruas do governo do estado para beneficiar o atual prefeito da
cidade, Luís da Amovelar Filho (PT). Na decisão, a magistrada também decretou a
cassação do mandato do prefeito.
A ação que culminou na sentença da juíza é de 2016 e só veio à tona
agora, a dois meses das eleições e com Flávio Dino liderando todas as pesquisas
de intenção de voto para o governo. A autora é Teresa Murad (MDB), derrotada
nas eleições de 2016. Teresa é esposa do empresário Ricardo Murad, que é cunhado
da ex-governadora Roseana Sarney, adversária de Dino nas eleições deste ano.
Em nota divulgada nas redes sociais, Flávio Dino mostrou saber que a
sentença da juíza se trata de uma “armação” do clã Sarney para inviabilizar sua
reeleição. “Fui juiz federal por 12 anos, sou professor de Direito
Constitucional há 25 anos e, por isso, não levo a sério armações do grupo
Sarney/Murad”, escreveu o governador.
Como trata-se de
uma decisão em primeira instância, cabe recurso na justiça eleitoral local e em
instâncias superiores. Flávio Dino, no entanto, já informou que fará o registro
de sua candidatura normalmente no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
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