Proposta foi feita por Onyx Lorenzoni em reunião na casa de Rodrigo Maia
e confirmada por líderes de cinco partidos, além de deputados do DEM, PP, PSD,
PR, PRB e Solidariedade, que não quiseram ser identificados
Reportagem na edição desta quarta-feira (24) da Folha de S.Paulo revela que, em reunião na casa do
presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM/RJ), o ministro da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni (DEM/RS) ofereceu um extra de R$ 40 milhões em emendas parlamentares
até 2022 a cada deputado federal que votar a favor da reforma da Previdência no
plenário da Câmara.
A informação foi confirmada por líderes de cinco partidos, além de
deputados do DEM, PP, PSD, PR, PRB e Solidariedade, que não quiseram ser
identificados.
O valor representa um acréscimo de 65% nos R$ 15 milhões em emendas
parlamentares a que cada deputado tem direito por ano para obras e
investimentos de infraestrutura em seus redutos eleitorais. Com os R$ 10
milhões extras por ano, esse valor pularia para R$ 25 milhões.
O ministro de Bolsonaro, no entanto, não especificou de onde viriam os
recursos.
CCJ
Após mais de oito horas de sessão e intenso bate-boca entre parlamentares,
a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta
terça-feira (23), por 48 votos a favor e 18 contra, a admissibilidade da
proposta de reforma da Previdência. O texto, agora, seguirá para
análise de uma comissão especial que pode ser instalada na quinta-feira
próxima.
O acordo entre Governo e Centrão contrariou integrantes da Oposição, que
exigiam a liberação de dados que embasaram a Previdência.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) comparou a aprovação na CCJ, sem
acesso às informações completas, “como assinar um contrato sem ler”.
Já o líder da
Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), cobrou a divulgação dos dados. Para ele
Paulo Guedes age de má fé ao não apresentar os dados ao parlamento. “Se tudo
isso é verdade, porque o governo insiste em esconder as informações?”,
questionou.
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