terça-feira, 18 de junho de 2019

Deputado Zé Inácio indica o jornalista Glenn Greenwald para receber a Medalha “Manuel Beckman”




"Homenagear o jornalista Gleen Greenwald com a Medalha Manuel Beckman é reconhecer as suas grandes contribuições através do jornalismo investigativo, sempre defendendo o Estado Democrático de Direito. Além disso, importante destacar o esforço dele no sentido de denunciar inúmeras ações de espionagem praticadas contra o Brasil, principalmente as que foram levadas a efeito pelo governo norte-americano, e, com isso, proteger a soberania nacional e a dignidade do cidadão brasileiro, circunstâncias que o credenciam a receber a referida Medalha", disse Zé Inácio.
Com base nessas informações, o deputado enviou, na última quinta-feira (13), à Assembleia Legislativa, um projeto de resolução que concede a Medalha do Mérito Legislativo “Manuel Beckman” ao jornalista Glenn Edward Greenwald.

O jornalista é responsável pelo site Intercept Brasil e por uma série de matérias que vêm sendo publicadas desde o último domingo e que tornaram públicas mensagens em que o ex-juiz e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, orienta as ações da operação Lava Jato ao procurador da República Deltan Dallagnol. A ação do coordenador da força tarefa em Curitiba levou à prisão em abril de 2018 o ex-presidente Lula.

Em 2009, Greenwald trouxe a público informações divulgadas pelo site WikiLeaks, que revelam que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.

E em setembro de 2013, o programa Fantástico, baseado em documentos fornecidos por Edward Snowden a Greenwald, revelou que a Agência de Segurança Nacional (NSA) vinha espionando a Petrobrás com fins de beneficiar os americanos nas transações com o Brasil. Ainda em 2013, em reportagem com a jornalista Sônia Bridi, Greenwald revelou que, além de grandes empresas como a Petrobras, a então presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi espionada pelo governo americano. A partir de então, as revelações têm provocado reação em todos os países do mundo e na comunidade de especialistas na segurança da Internet.

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