A lascívia judicial
presente nessa relação, o cabritismo jurídico em que o julgador toma para si o
controle da acusação, bastaria para anular qualquer julgamento.
JM
Cunha Santos
A
julgar por tudo que a imprensa divulga hoje, inclusive análises de renomados
juristas, o juiz Sérgio Moro mantinha com os procuradores da Lava Jato uma
espécie de relação trabalhista em que ele era o chefe, ou o patrão.
Não
se trata de mera intimidade, ou de que os procuradores atendiam a um singular
direcionamento do juiz A PGR cumpriu todas as ordens de um chefe que, embora
muito cortês com seus “funcionários”, foi obedecido cegamente a todo o tempo do
julgamento do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva:
quando
mandou trocar a ordem das fases da Lava Jato; quando deu “conselhos” e traçou
estratégias; quando permitiu que primeiro fosse feita uma consulta aos
americanos; quando mandou que fosse elaborada nota pública esclarecendo as
contradições nos depoimentos de um réu, Lula, que ainda nem sequer havia sido
julgado.
A
lascívia judicial presente nessa relação, o cabritismo degenerado com que o
julgador toma para si o controle da acusação e manda ultrajar publicamente a
defesa e o réu, bastaria, num país sério, para anular qualquer julgamento.
A
missão de “Tirar um pouco o foco do juiz que foi capa de revista de modo
inadequado”, nas palavras do procurador-chefe Deltan Dallagnol, é um acinte à
dignidade da Justiça e joga no lixo a credibilidade do Poder Judiciário. Não se
tem mais aqui tão-somente a parcialidade do juiz, mas a intenção clara,
insofismável e, naturalmente, abjeta, de condenar a qualquer custo.
O
uso dos meios de comunicação para tanto, fica ainda mais claro na proposição do
procurador Santos Lima: “Será que não dá para arranjar uma entrevista com
alguém da Globo, em Recife, amanhã”? Ele iria estar em Recife no dia seguinte.
A
esse indisfarçável desejo de assumir um protagonismo heroico na mídia, a partir
do julgamento do ex-presidente, junta-se uma tentativa execrável de promover o
populismo da ação penal para justificar uma condenação anteriormente planejada
entre o juiz e a acusação.
E
é esse o tipo de “Justiça” que povo nenhum merece, mas que hoje o povo
brasileiro, graças ao Dr. Sérgio Moro, tem. E que, espera toda a Nação brasileira,
seja definitivamente expurgada pelo Supremo Tribunal Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário