O senador
Weverton (PDT-MA) afirmou, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (9),
em São Luís, que os trabalhadores precisam conhecer a reforma da Previdência
(PEC 6/2019) para saber as reais consequências da aprovação do texto. Ele
conversou com a imprensa na sede do partido, ao lado do presidente municipal do
PDT, Raimundo Penha, e do vereador Ivaldo Rodrigues. De acordo com o
parlamentar, não está sendo feito um debate honesto com a população sobre o
tema. A proposta tem sido apresentada como a solução para todos os problemas do
Brasil, mas isso não é verdade.
“Uma
mentira repetida mil vezes pode se transformar em verdade completa. É o que
está acontecendo com a reforma. Na propaganda do governo e nas grandes redes de
comunicação, o mantra repetido mil vezes é de que a proposta de Previdência
aprovada na Câmara dos Deputados corta privilégios. O que eles não revelam é
que para o governo, rico é quem ganha em média R$ 2.231,00 de aposentadoria”,
explicou.
Para Weverton, a sociedade precisa estar atenta as alterações que irão impactar
diretamente na vida das famílias. “É um tema importante que vai influenciar
a vida de todos os brasileiros e do povo maranhense, tanto dos atuais como dos
futuros aposentados. O impacto será sentido diretamente na vida de cada um
deles. As pessoas ainda não sabem o grau do que está escrito naquela proposta”,
enfatizou.
Weverton ressaltou ainda que o país precisa de uma reforma da Previdência, mas
não da forma como o governo propõe. “Precisamos de uma mudança mais
democrática e menos fiscal. O governo fala em combater privilégios e tenta
passar para a sociedade a falsa informação de que está mexendo apenas com os
grandes como, por exemplo, juízes, desembargadores, parlamentares. Isso é
mentira! Os mais punidos são aqueles que estão no Regime Geral da Previdência,
que ganham até 4 salários mínimos. É o pedreiro, o operário, o taxista.
São eles que estão sendo duramente atacados”, disse.
O senador reafirmou a posição do PDT de lutar contra proposta da forma como
está. “Não se trata de uma reforma justa. Os verdadeiros ricos não
sofrerão as consequências, pois podem pagar previdência privada, tem sobra
mensal para investir durante a vida e tem condições de guardar para a
aposentadoria. É o trabalhador mais pobre que arcará sozinho com a conta”,
afirmou.
O Plenário do Senado começa nesta terça-feira (10) a analisar a reforma da Previdência.
A PEC 6/2019 pode ser votada ainda durante a semana.
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