Movimentos de mulheres e centrais sindicais preparam atos por todo o
Brasil contra o presidente Jair Bolsonaro para o próximo 8 de março, Dia
Internacional da Mulher. Em São Paulo, a manifestação será no Parque Mário
Covas, na Avenida Paulista, a partir das 14h.
“Mulheres contra Bolsonaro, por nossas vidas, democracia e direitos”,
diz a descrição do evento no Facebook, que conta com mais de 2,5 mil
pessoas confirmadas e 5 mil interessadas até então.
Homenagens à vereadora assassinada no Rio de Janeiro, Marielle Franco,
também devem marcar presença nos atos. A Marcha Mundial das Mulheres, grupo que
também faz parte da mobilização do 8 de março, divulgou um panfleto que cita as
lutas que devem marcar as manifestações.
“Bolsonaro se elegeu criando notícias falsas e desinformação, e com o
apoio grandes empresários. Seus discursos e ações são baseados no ódio e no
desprezo por quem vive do próprio trabalho, o povo, classe trabalhadora. Esse
ódio é racista: a juventude negra e pobre morre todo dia pela bala do Estado e
é explorada em trabalhos precários e sem direitos. Bolsonaro ataca e
desqualifica as mulheres, incentiva o machismo e a violência”, diz um trecho do
panfleto.
“Esse governo cortou os recursos para o Bolsa Família e a assistência
social, e quer acabar com a saúde pública e gratuita! A cada dia, a educação
pública, as professoras e os professores são atacados pelo governo Bolsonaro.
Eles querem cortar ainda mais o investimento em creches, pré-escolas e ensino
fundamental! Isso afetará diretamente a vida das mulheres, que dependem da
creche e ensino infantil para poder trabalhar fora de casa. Por isso, estamos
em marcha”, continua.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) afirmou em
seu site que as manifestações também “vão destacar as mulheres
negras”, indígenas, lésbicas, bissexuais e transgênero. Isso porque são
essas as que “mais sofrem” ataques trabalhistas.
Revista Fórum
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