Pensar que as Forças
Armadas vão se alinhar a um golpe desse governo, é quase um desrespeito; os
exércitos de Bolsonaro são outros e habitam os mocambos da bestialidade
ideológica e da violência alugada.
JM
Cunha Santos
São
tantas as ameaças de golpe de Estado, ruptura institucional, volta do AI-5,
partindo do presidente da República e de seus filhos, que no princípio eu temi,
temi severamente que, de fato, isso pudesse acontecer.
Mas
vejo, hoje, que é impossível. As Forças Armadas do meu país não vão se alinhar
a um golpe aplicado por um governo que se sustenta num projeto de terrorista
como Sara Winter, terroristas virtuais como Allan dos Santos, racistas
depravados como Abraham Weintraub, nazistas do tamanho de Wangjarten e Ricardo
Salles, milicianos como Flávio Bolsonaro e empresários sem escrúpulos que
compram a demolição da moral alheia.
Por
mais que o senhor Jair Bolsonaro aumente salários nas polícias e nomeie militares
para cargos na República, não vai conseguir transformar o Brasil no que ele quer:
uma milícia institucional sob seu comando absoluto para diversão de seus perigosos
filhos.
Pensar
isso, disse comigo mesmo, é quase um desrespeito para com as Forças Armadas do
Brasil. Os exércitos de Jair Bolsonaro são outros e habitam os mocambos da
bestialidade ideológica e da violência alugada. Por isso ameaçam ministros do
Supremo de morte, investem com ódio irracional contra as instituições públicas
e a moral dos homens, insultam, atacam e ameaçam jornalistas e enfermeiros,
crentes na impunidade garantida pelo “Gabinete do Ódio” a que o ministro
Alexandre de Moraes começa a pôr um fim.
O
Brasil acordou no meio de uma tragédia sanitária sazonal, mas já somos o país
com maior número de mortes diárias por covid-19 no mundo. Em meio a essa
desgraça, o governo afunila o país num isolamento econômico internacional
jamais visto, transforma o Brasil num canteiro de urtigas com o qual nenhum
outro país quer aproximação. Os investidores já retiraram daqui mais de 30 bilhões
de dólares, o Real virou a moeda símbolo da bancarrota mundial, os Estados
Unidos avisam que não querem “essas pessoas” (brasileiros) infectando seu povo,
o Paraguai se nega a uma abertura conjunta das fronteiras com o Brasil, o mundo
foge de nossas relações diplomáticas e comerciais. Pior: o presidente da
República é simplesmente alijado de encontros entre países da América do Sul e até
de um encontro internacional para acelerar a produção de uma vacina contra o
coronavírus. E, para completar, todos os prognósticos indicam que estamos
mergulhando numa recessão econômica profunda, da qual será muito difícil sair.
O
que o ministro Alexandre de Moraes está dizendo com suas decisões é que é
urgente desarticular as quadrilhas, virtuais e não virtuais, que agem no entorno
do governo envergando o cetro da República para coonestar ameaças de banhos de
sangue. Por isso, Alexandre de Moraes é um herói brasileiro, enfrentando
nazistas e organizações criminosas que podem atentar contra a sua vida a qualquer
momento, como, aliás, já ameaçaram fazer.
O
povo brasileiro está sofrendo muito. São mais de mil mortes por dia, milhões de
dores, milhões de medos, porque ninguém tem certeza se vai estar vivo amanhã. E
o Brasil está sozinho, sozinho como nunca esteve e desgovernado, sem um amigo
no mundo, sem um amigo em lugar nenhum. E que se diga e repita que Alexandre de
Moraes, assim como os restantes membros do Supremo e das demais instituições,
precisam fazer o que for necessário dentro da lei para desmontar os horrendos
submundos ideológicos que orientam esse governo.
Por
tudo isso precisamos estar todos unidos: povo, políticos, justiça, forças
armadas, médicos, enfermeiros; unidos para salvar o Brasil do vírus e de um
governo que não merece o Brasil.
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