quarta-feira, 20 de maio de 2020

Coronavírus será recebido a bala a partir de agora no Brasil

JM Cunha Santos



Coisas cada vez mais estranhas acontecem no Governo Federal. A julgar pelo número de militares de alta e baixa patente nomeados para cargos estratégicos no Ministério da Saúde pelo general Eduardo Pazueello, o coronavírus, a partir de agora, vai ter que enfrentar força armada no Brasil. Vai ser recebido a bala, tanques, granadas, mísseis e metralhadoras.
A principal estratégia ofensiva será atrair o vírus para locais com menos defesa (sem hospitais, respiradores, equipamentos de proteção, com poucos médicos e enfermeiros; o problema é que o Brasil quase todo está assim) e metralhar à vontade.
Já pensados e calculados os meios e tempo de cada operação, foi elaborada também uma estratégia de defesa: impedir a entrada do inimigo (o vírus) em território aliado, no caso, os Estados Unidos que parece ser o único aliado que restou desde a eleição de Jair Bolsonaro e nomeação de Ernesto Araújo para o Ministério das Relações Exteriores.
Menos grave, uma outra coisa estranha que acontece no Governo Federal é o sucesso repentino de uma música do passado de que pouca gente se lembrava e ganhou uma nova versão: “Chocolate” foi um dos mais explosivos sucessos do impagável Tim Maia e hoje estoura no Palácio do Planalto nas vozes de Flávio Bolsonaro e de seu advogado, Victor Granado Alves:
“Chocolate, chocolate, chocolate
Eu só quero chocolate
Não adianta vim
com guaraná pra mim
é chocolate o que eu quero beber
Não quero chá,
não quero café
Não quero cloroquina
Faturei no chocolate”
Mas parece que a nova versão da letra foi censurada pela Polícia Federal por causa da frase “Não quero cloroquina”. Em tempo: ninguém ainda é obrigado a cantar.

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